Segundo Edna Saboia, embora existam contestações e dúvidas a respeito do funcionamento das urnas eletrônicas, é muito importante buscar esclarecimentos oficiais sobre o tema. “Muitas vezes recebemos esse tipo de questionamento, se é um processo seguro, se tem fraude. Nós vivemos em uma democracia, e o cidadão tem todo o direito de divergir e de duvidar, mas é importante que essa pessoa que duvida busque informações verdadeiras em veículos oficiais”, salientou.

O tribunal, conforme pontuou, conta com campanhas de combate à desinformação e equipes realizando palestras em universidades, além de uma série de canais e serviços que têm o objetivo de levar informações reais à população. “Nós informamos porque temos certeza de que a urna é segura. São 26 anos de urna eletrônica no País, sem nunca ter sido comprovada nenhuma fraude. Inseguro era na época da eleição manual, em que a manifestação da vontade do eleitor não era assegurada”, avaliou.

Em relação ao voto eletrônico, a coordenadora do TER/CE salientou que se trata de um mecanismo mais democrático e inclusivo, ressaltando que o Brasil é reconhecido internacionalmente por ter a eleição mais informatizada do planeta.

“A urna eletrônica é acessível e inclusiva, permitindo que um eleitor analfabeto, por exemplo, vote em melhores condições. As nossas urnas apresentam teclas em braile, fones de ouvido, tudo para dar mais celeridade e segurança ao processo”, assinalou Edna Saboia. Ela ainda comentou que o mesmo modelo e equipamento de urna eletrônica, com o mesmo formato, é utilizado em todas as unidades eleitorais do Brasil.

Sobre as eleições de 2022, a convidada comunicou que a principal novidade ocorrerá em relação ao horário da votação, que será o mesmo em todo o Brasil, a partir de uniformização feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“O horário de início e de término da votação respeitará o horário de Brasília, fazendo com que os estados que tenham fuso horário diferente comecem e terminem mais cedo as suas votações”, explicou a coordenadora do TRE/CE.

Com a mudança, “estados que só mandavam os dados de votação depois da maioria vão passar a enviá-los simultaneamente aos demais, evitando atrasos na apuração”.

Edna Saboia também destacou a importância da participação dos eleitores cujo voto é facultativo, sobretudo dos jovens entre 16 e 17 anos. “É muito importante a participação desse público, porque o jovem precisa participar para se sentir representado. A gente pensa que a votação é um ato que dura um minuto, mas aquele voto ali dado tem um peso que dura quatro anos”, pontuou.

Sobre as demandas do TRE, ela valorizou o trabalho desempenhado pelo órgão permanentemente, e não apenas em períodos eleitorais. “É fake que a Justiça Eleitoral só trabalha de dois em dois anos, pois quando termina um pleito nós já iniciamos a avaliação e a preparação do seguinte”, apontou.

Em anos não eleitorais, ela mencionou ainda que o TRE tem a missão de promover uma educação política na sociedade, com projetos e palestras voltadas para a informação, assim como conta com um serviço de empréstimo de urnas eletrônicas para diversas finalidades. “Durante todo o ano, nós emprestamos urnas eletrônicas, fazendo muitas eleições em grêmios estudantis, por exemplo. Nós temos uma resolução que disciplina esse empréstimo, que é gratuito, e entramos apenas com o suporte técnico”, informou.

Conexão Assembleia é um programa multiplataforma da rádio FM Assembleia (96,7MHz), transmitido ainda pelas redes sociais da Assembleia Legislativa do Ceará, no YouTube e no Facebook, às segundas-feiras, a partir das 8h.

A produção é veiculada também na TV Assembleia, às segundas-feiras, às 20h30. O programa fica disponível no podcast Rádio FM Assembleia, bastando procurar o canal nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Google Podcasts.

RG/AT