Você está aqui: Início Últimas Notícias Incentivo aos bancos comunitários é destaque em reunião técnica da Alece
Realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca da Casa, a reunião foi presidida pelo deputado Acrísio Sena (PT), titular do colegiado, e contou com representantes de diversos bancos comunitários.
O parlamentar afirmou que o crédito comunitário é uma importante ferramenta para enfrentar o atual momento de grande dificuldade, especialmente para os bairros e cidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Entre os encaminhamentos da reunião estão a indicação de benefícios sociais municipais e estaduais serem pagos por bancos comunitários em moeda social e a criação de programas estadual e municipais de fomento à criação de bancos comunitários e moedas sociais nas cidades cearenses.
Também foram encaminhadas a avaliação de projeto de lei de incentivo aos bancos comunitários e reunião com o Tribunal de Contas do Estado para esclarecer as questões legais dos processos de criação dos bancos nos municípios.
NOVAS EXPERIÊNCIAS
Joaquim Melo, coordenador do Banco Palmas, do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, afirmou que os bancos comunitários e as moedas sociais são estratégias importantes de enfrentamento à situação desafiadora do Brasil atualmente. O contexto preocupante engloba 33 milhões de pessoas passando fome e sete de cada 10 brasileiros sofrendo com o endividamento.
“No centro da tragédia humana que a gente vive está a desigualdade, e no centro da desigualdade está o modelo concentrador de bancos que temos hoje no Brasil e no mundo”, afirmou.
Ao indicar a existência de 150 bancos comunitários no Brasil, ele compartilhou a trajetória do Banco Palmas, primeiro do Ceará, criado em 1998.
Ao longo dos anos, comentou, houve a formação da Rede Cearense de Bancos Comunitários, que possibilitou o surgimento de outras experiências em diversas regiões do Ceará.
Joaquim Melo ressaltou ainda a digitalização dos bancos comunitários, a criação da plataforma e-Dinheiro e a iniciativa de municípios Brasil afora com a criação de moedas sociais a partir de legislações municipais.
Eudásio Alves, representante do Banco Paju, de Maracanaú, afirmou que o combate à desigualdade e à pobreza passa pela busca de alternativas como as moedas sociais e bancos comunitários, assim como fazer com que as políticas públicas cheguem à base, às comunidades.
Segundo ele, é necessário levar mais recursos e bancos comunitários para as regiões do Estado, assim como sensibilizar as gestões municipais sobre as potencialidades da moeda social, que permitem, inclusive, que os recursos sigam nos municípios.
Participaram ainda da reunião técnica Cássia Freitas, representante do Banco Monólitos, de Quixadá; Josafá Martins, assessor técnico da Codece; Katiana Oliveira, da Associação Moradores Conjunto Palmeiras, e Otacílio de Sousa, da Prefeitura de Irauçuba.
SA/CG