Você está aqui: Início Últimas Notícias Sedes da APS e Assof são visitadas pela CPI das Associações Militares
Os parlamentares conheceram a sede administrativa das duas associações e os diversos setores. No caso da ASP, a sede conta também com setores jurídico, médico e hotel para os associados.
O presidente da CPI, deputado Salmito (PDT), acentuou que as visitações fazem parte do processo investigativo da comissão e possibilitam conhecer essas entidades, assim como o trabalho que realizam a partir dos seus serviços, sejam esses recreativos, de ordem jurídica ou médica, e até suas interlocuções com outras associações.
“Os policiais e bombeiros militares são duas categorias que merecem toda a nossa consideração, que se destacam com direitos e deveres diferenciados do servidor público comum, e daí a importância dessa investigação”, disse.
Ele também considerou que se fala muito em "separar o joio do trigo" quando se refere ao trabalho que a CPI está realizando, “mas repetimos isso por que é algo necessário para que a situação de motim que se instaurou no passado não volte a se repetir, pois, além de ilegal, ainda coloca a população na condição de refém”, declarou.
O presidente da Assof, o tenente-coronel Homero Catunda, reforçou a ilegalidade e consequências que atos como a instauração e participação em motins podem acarretar para a vida profissional dos policiais e bombeiros militares.
“A nossa associação orientou de todas as formas para que nossos associados não se envolvessem nesse tipo de situação, especialmente naquela época”, afirmou.
Segundo o oficial, orientar os associados nesse sentido é como “encaminhar os profissionais para o matadouro, pois destrói sua vida funcional, com a perda do emprego, da renda, da liberdade, além do imenso prejuízo para a vida familiar”.
O deputado Soldado Noelio (União), que esteve presente na visita à APS, enalteceu, por sua vez, o trabalho e o serviço ofertado pelas associações aos militares. Conforme observou, quando se analisa o custo que se paga por mês às associações e o serviço que elas oferecem aos seus associados, “percebe-se que essas entidades oferecem um cuidado muito maior aos militares que o próprio Governo”, pontuou.
“Essas visitas deveriam ter acontecido bem antes, e não por esses motivos. Desde 2019 eu enalteço o trabalho prestado por essas associações na tribuna da Assembleia, pois é uma ampla gama de serviços prestados por um custo muito baixo, que atende não só militares, mas também suas esposas, maridos e filhos, ou seja, tem um grande impacto o trabalho feito aqui”, defendeu o parlamentar.
O presidente da APS, Cleyber Araújo, também informou que a associação age com toda a transparência em relação aos associados, que realiza prestação de contas com os colaboradores, e criticou o teor da CPI e suas motivações.
“Essa situação toda é muito constrangedora para nós, pois já foi comprovado na Justiça que não temos nenhum tipo de associação com os eventos de motim apontados pela CPI. Somos completamente transparentes com nossos associados, e é a eles que devemos satisfação. Não temos que prestar conta com deputado, pois deputado nem é associado e nem faz parte do conselho fiscal”, criticou.
Ele também contestou o caráter da CPI, que considerou “político”, e afirmou que as atividades do colegiado já iniciaram com os encaminhamentos prontos. “O que estão fazendo agora é coletar dados para transformar essa narrativa de motim em verdade”, disse.
As visitas foram guiadas pelos presidentes das respectivas associações e contaram ainda com a participação do relator da CPI, deputado Elmano Freitas (PT), e da membro titular deputada Augusta Brito (PT).
SOBRE A CPI
A CPI investiga o destino dos recursos recebidos pelas associações ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará.
Além dos parlamentares presentes na visita, o colegiado é composto pelos deputados Queiroz Filho (PDT), vice-presidente; Soldado Noelio (União); Davi de Raimundão (MDB); Romeu Aldigueri (PDT) e Nizo Costa (PT).
PE/CG