Segundo a coordenadora do Comitê de Responsabilidade Social, Luana Brasileiro, a saúde mental é um braço de atuação do comitê, e era necessário promover ações que envolvessem questões relacionadas ao envelhecimento. Ela ressalta que outras células do CRS também podem ser envolvidas e contribuirem para o Sapi, caso haja outras demandas desse público.

A mentora do projeto e coordenadora da Célula de Terapia Ocupacional do DSAS, Lucila Bonfim, destaca o pioneirismo desse serviço interdisciplinar e multiprofissional. Ela explica que "a ideia surgiu durante a pandemia, porque nós observamos que os nossos pacientes apresentaram algumas alterações cognitivas, especialmente relacionadas a atenção, concentração e memória".

Lucila Bonfim informa ainda que o Sapi vai trabalhar com foco em prevenir, acompanhar e reabilitar pessoas com declínio cognitivo a partir dos 40 anos e que, inicialmente, será destinado a funcionários e seus dependentes, mas, posteriormente, será aberto à comunidade do entorno. Ela também esclarece que os interessados deverão procurar o Departamento de Saúde e Assistência Social, fazer a inscrição e, após uma triagem, a pessoa será encaminhada para os serviços em uma ou mais áreas, de acordo com a necessidade.

O motorista Fracisco de Assis Silva, de 63 anos, participou do início das atividades do Sapi e disse que tem interesse em trabalhar mais a memória. Para ele, é importante se preparar para esse momento da vida, especialmente agora, que está próximo de se aposentar.

Outra novidade desse serviço é que o cuidador também será atendido. De acordo com a terapeuta Andréa Lima, o cuidador também precisa ser ouvido e ter com quem tirar dúvidas sobre seu dia a dia, e isso será possível nesse novo espaço.

O presidente da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Assalce), Luis Edson Corrêa Sales, ressalta que a população mundial está envelhecendo e que o Brasil acompanha essa tendência. Ele lembra ainda que cuidar de um idoso é também um cuidado com toda a família.

JM/CG