Você está aqui: Início Últimas Notícias Comitê encerra primeiro ciclo de atividades do projeto Cada Vida Importa em escolas
O encontro aconteceu na Escola Porto Iracema das Artes e contou com a presença do presidente do comitê, deputado Renato Roseno (Psol), que explicou aos estudantes os objetivos do projeto.
“O intuito do comitê é pensar estratégias para prevenir a violência, com base na escuta de pessoas que convivem diretamente com esse cenário. Esse trabalho que está sendo desenvolvido nas escolas de vocês é parte de um todo para mudar essa realidade difícil, enxergando com os olhos de vocês e pensando estratégias que evitem o assassinato de tantos jovens”, salientou.
Coordenador do comitê, Thiago Holanda ratificou a necessidade de a escuta estar em bairros com altos índices de violência. “Ouvir a comunidade, principalmente as famílias que perderam adolescentes assassinados, é difícil, mas só assim conseguiremos enxergar o problema de forma mais próxima e pensar como podemos atuar de forma a evitar novos casos”, frisou.
Articulador comunitário do comitê e responsável pela construção dos mapas sensoriais com os alunos da escola, Joaquim Araújo afirmou que a metodologia abordada facilitou a compreensão do ambiente em que aqueles adolescentes estão inseridos. “Encontramos adolescentes em territórios de extrema vulnerabilidade e iniciamos a metodologia do mapa sensorial, identificando locais que oferecem perigo ou segurança para eles e, a partir daí, pensamos como poderíamos melhorar esses espaços. Partindo desse ponto, um grupo mobilizador da cultura de paz se forma dentro da escola e envolve a comunidade, multiplicando a ideia”, apontou.
Aluna do 1° ano do ensino médio da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Juciê Caminha de Menezes, Emanuelle Uchôa compartilhou que a experiência serviu também como uma escuta afetiva para ela e seus colegas. “Na construção do mapa, pudemos desabafar sobre os lugares em que nos sentíamos bem ou em perigo. A escola, por exemplo, como um local de refúgio para aqueles que têm problemas em casa. Ao mesmo tempo, localidades que nos oferecem risco, principalmente para nós mulheres, como uma praça. Essas informações colhidas podem ajudar os governantes a melhorarem a cidade para nós, seja na qualificação dos espaços públicos ou no aumento da segurança”, opinou.
Após a apresentação dos mapas no auditório, os alunos ainda visitaram as instalações do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e o Planetário.
LA/AT