Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Roseno aponta precarização do trabalho e elevação do desemprego
A pesquisa aponta, segundo o parlamentar, que, no Ceará, 67% dos empregos criados de novembro de 2017 a maio de 2019 eram intermitentes. Roseno ressaltou que o desemprego se mantém alto, e os empregos são de péssima qualidade. “Quem estava empregado até novembro foi demitido e foi reempregado com o salário menor. A média, que era de R$ 1.700, caiu para R$ 1.500”, argumentou.
O parlamentar lembrou que, em 2016, o então presidente, Michel Temer, afirmou que a aprovação da reforma trabalhista resultaria em uma geração de três milhões de empregos. “Hoje vivemos permanente crise do mercado de trabalho e emprego. O desemprego não estava associado à proteção ao mundo do trabalho, mas à falta de investimento público, à financeirização da economia”, apontou.
O deputado disse também que, em Fortaleza, foram criados 83% dos empregos nessa modalidade. Segundo ele, o trabalho intermitente é uma forma de pagar menor ao trabalhador. “Esse é o mais precarizado de todos, porque fica à disposição do patrão, podendo receber menos que o salário mínimo, sobretudo jovens, homens na construção civil e mulheres, que acabaram tendo empregos mais precários. Aconteceu o que dissemos: caiu salário, piorou a qualidade do emprego”, ressaltou.
Roseno concluiu informando que o Brasil está em 52º na taxa de proteção ao trabalhador. De acordo com ele, o resultado da pesquisa mostra que o problema não era o excesso de direitos. “Quem vive aqui da sua força de trabalho sabe que o Brasil não protege o trabalhador”, assinalou.
LV/CG