De acordo com ele, os policiais não possuem refeitório próprio nos alojamentos e são impedidos de utilizar o refeitório do prédio da secretaria junto aos servidores da Casa. Ele disse que policiais foram fotografados realizando suas refeições nas calçadas.

Soldado Noelio informou que esses policiais, que atuam na segurança da Sefaz, trabalham 14,5 dias seguidos sem descanso. Segundo ele, mesmo ao dormir, eles permanecem em serviço. “Não podem ir a uma festa ou fazer um passeio. Eles dormem em seus alojamentos, mas atentos a qualquer ocorrência que possa acontecer”, disse.

O parlamentar informou também que a carga horária do policial militar é de 168 horas mensais. Os policiais da Sefaz, segundo ele, trabalham 348 horas mensais, “180 horas a mais que os policiais de carga horária normal”, comparou.

Ele ressaltou ainda que, após esses 14,5 dias seguidos trabalhando nos postos da Sefaz, os militares folgam três dias. “Ou seja, é um regime de semiescravidão, e ainda sofrem indignidades ao serem tratados como subcidadãos pelos servidores da Sefaz”, criticou.

Soldado Noélio afirmou que é por esses motivos que o Governo do Estado silencia quando se fala em regulamentação da carga horária dos policiais e bombeiros militares. Segundo ele, o Governo deveria pagar mais de R$ 4 mil, se somar as horas extras de trabalho desses policiais.“Em vez disso, o Governo paga míseros R$ 60 reais por dia.”

Em aparte, a deputada Augusta Brito (PCdoB) afirmou que o governador Camilo Santana é contra esse tratamento dado aos policiais militares e que irá visitar a Sefaz, a fim de averiguar a situação e ver o que pode ser feito.
PE/AT