O último dia do prazo para que partidos apresentassem pedidos de registro de candidatura à Justiça Eleitoral no Ceará foi tranquilo. A comum correria no final do prazo legal, registrada na eleição anterior, não apareceu, e até as 19 horas de ontem - horário-limite para o recebimento de solicitações de registro -, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contabilizou 866 pedidos de registro de candidatura a cargos majoritários e proporcionais no Estado para o pleito deste ano. Com um pedido de última hora, porém, mais um nome busca aval da Justiça para disputar uma vaga no Senado pelo Ceará.   Para o Governo do Estado, seis chapas apresentaram candidatos a governador e os respectivos vices: Ailton Lopes (PSOL), Camilo Santana (PT), General Theophilo (PSDB), Francisco Gonzaga (PSTU), Hélio Góis (PSL) e Mikaelton Carantino (PCO). A disputa pelas 22 vagas do Ceará na Câmara dos Deputados, por sua vez, é a que reúne mais nomes - 565 no total. O TRE também divulgou o recebimento de 251 pedidos de registro para deputado estadual, além de 13 para o Senado - um deles, entretanto, só apresentou um nome para primeiro suplente, portanto, há 12 postulantes, e não 13, à segunda suplência.   Leia também:   > Permitida propaganda nas ruas e  na internet   > Maioria dos candidatos inicia campanha no Centro   O caso é do empresário José Alberto Pinto Bardawil (Podemos), que apresentou ontem, ao TRE, pedido de registro de candidatura para senador com apenas um candidato a suplente. O partido compõe a coligação majoritária do MDB, que lançou à reeleição o senador Eunício Oliveira, e o nome de Bardawil não consta na ata da convenção do Podemos. Segundo a secretária judiciária da Corte Eleitoral, Orleanes Cavalcanti, o juiz Tiago Asfor Rocha Lima analisará o caso do empresário.   Ao avaliar o recebimento de pedidos de registro ontem, porém, ela mencionou que o fim do prazo foi mais tranquilo do que na última eleição geral. "Em 2014, estávamos agora, às 19h, iniciando a recepção dos pedidos de registro de todos os partidos praticamente. Encerrando 22h, 23h, para iniciar a publicação dos editais, a análise da documentação, coisa que a gente já vem há uma semana fazendo", comparou. Neste ano, pedidos de registro por via eletrônica, segundo Orleanes Cavalcanti, representaram "ganho tremendo em relação à celeridade".   Ontem, o último a buscar o TRE foi o agricultor João Trigueiro dos Santos Neto, 48, candidato a deputado estadual pelo PT, que saiu de Baixio, no Centro-Sul cearense, para chegar ao TRE, na Capital, às 18h55, cinco minutos antes do fim do prazo. O pedido de registro dele, porém, já havia sido feito pelo partido. Ele foi ao TRE para entregar documentos pendentes.   Perfis   Dos candidatos a governador, segundo informações disponíveis na plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o General Theophilo, estreante em eleições, declarou o maior valor em bens (ver quadro). Com 63 anos, ele também é o mais velho entre os postulantes ao Governo do Estado, e declarou-se branco, assim como outros três candidatos - Camilo Santana, de 50 anos, Ailton Lopes, de 40 anos, e Hélio Góis, de 45. Mikaelton Carantino disse ser pardo e Francisco Gonzaga, indígena. Este é também o único dos seis candidatos que não tem ensino superior completo.   Trabalhador da construção civil, Gonzaga informou à Justiça Eleitoral que possui ensino fundamental completo. Ailton Lopes, por sua vez, é bancário, Camilo é agrônomo, Hélio Góis é advogado, General Theophilo é militar reformado e Mikaelton Carantino é professor.   A secretária judiciária do TRE informou, porém, que o número definitivo de pedidos de registro ainda pode ser modificado. "Nós ainda aguardamos as vagas remanescentes (nas chapas), no prazo de 9 de setembro, quando podemos chegar a 900 ou pouco mais de candidatos. Antes disso, tem os pedidos individuais de candidatos, escolhidos em convenção, que partido ou coligação não apresentou. A partir da publicação do edital (dos pedidos), eles podem apresentar individualmente as candidaturas. Acredito que nós chegaremos a 900 ou um pouco mais que isso", disse Orleanes Cavalcanti.