Galpão de distribuição de remédios está novamente no centro de polêmica envolvendo Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR). Ontem, RC respondeu a acusações de Wagner segundo as quais o galpão, apresentado em propaganda do prefeito, seria falso - a peça, vetada pela Justiça Eleitoral, continua a ser compartilhada pelo perfil do candidato do PR no Facebook.  LEIA TAMBÉM PT lança nota contra ataque de Wagner       “Esse centro não é da Prefeitura, é de uma organização privada”, afirma a publicação de Wagner, que acrescenta que os remédios são para os 184 municípios do Estado e não só para a Capital.    O vídeo ainda convida o eleitor a “conferir com os próprios olhos” e ir até o local, na sede do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).    Também em vídeo, o prefeito rebateu as críticas. Nele, RC afirma que o galpão de remédios citado na propaganda de Wagner é o de número 4 do ISGH, “onde funciona a Central de Medicamentos da Prefeitura”. O gestor disse que os medicamentos são para uso exclusivo da Prefeitura de Fortaleza.     Após tentar contato com a assessoria do ISGH, a reportagem foi até o endereço do galpão, mas foi impedida de conhecer o local. Por nota, o instituto afirmou que o galpão 4 é “destinado exclusivamente” para Unidades de Atenção primária de saúde de Fortaleza.     Remédios que abastecem hospitais do interior do Ceará atendidos pelo convênio do ISGH com o Governo do Estado, que ficam em Sobral e Juazeiro do Norte, ficam no galpão 3 e na própria unidade hospitalar, segundo texto. Ao final, nota diz que não tem contrato de gestão com “nenhum dos outros 183 municípios do Estado do Ceará”.     Ao O POVO, Wagner reafirmou acusações. “A grande mentira do Roberto Cláudio é dizer que criou e construiu o centro”, falou. Em sua propaganda televisiva, RC menciona a “nova central de medicamentos da Prefeitura” - o convênio com o ISGH já havia sido firmado antes.     Embora a peça tenha sido vetada na TV e no rádio, equipe jurídica de RC entrou com pedido na Justiça no qual acusa Wagner de descumprir proibição. Fernandes Neto, advogado da candidatura do pedetista, argumenta que, se uma propaganda é considerada irregular, ela não deve ser veiculada em nenhum meio.     Wagner, porém, rebate: “Foi uma decisão liminar, que não julgou o mérito da propaganda. Eu não estou mentindo. Se estivesse, aí eu estaria denegrindo a imagem”.       SAIBA MAIS     Heitor Férrer (PSB), candidato derrotado no primeiro turno, publicou vídeo no Facebook acusando Wagner de divulgar vídeo de 2012 em que ele criticava RC. Embora Heitor não cite os nomes, ele confirmou em entrevista que falava de Wagner, candidato do PR . Após perder disputa, o deputado anunciou posição de neutralidade no 2° turno.     Wagner negou autoria do compartilhamento de vídeos do Heitor para tentar angariar votos. “Se alguém está fazendo isso, é sem nossa orientação. Infelizmente, a rede social não tem controle.”