Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Carlos Matos solicita resposta do Governo sobre ações policiais
Para o parlamentar, “o secretário merece solidariedade, pois nenhum cidadão de bem merece ser tratado como ele foi. E o governador do Estado, como maior autoridade da Polícia, tem a obrigação de tomar uma atitude severa e separar os bons dos maus policiais”.
O tucano fez um paralelo do episódio com a chacina de Messejana, ocorrida em novembro de 2015, quando 11 pessoas foram executadas sumariamente nos bairros Curió e São Miguel, na Grande Messejana, resultando na prisão de 44 policiais militares envolvidos no crime.
“Quando houve essa chacina, o Governo demorou a se posicionar e a agir, demonstrando uma grande fraqueza. Quando há desvios comportamentais de policiais militares, que podem resultar em punições ou até expulsão da corporação, é atribuição do Governo do Estado, por meio de seus órgãos de controle, estar à frente das investigações”, defendeu Carlos Matos.
Ainda segundo ele, quando o Governo é omisso, não adianta o apoio a cartas de repúdio aos episódios de opressão policial. “Devemos exigir uma posição firme do Governo em relação a esses fatos. Se houve abuso de poder e agiram de forma errada contra o cidadão Inácio Arruda, ou quem quer que seja, que haja uma punição exemplar aos policiais”, salientou.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, Evandro Leitão (PDT), esclareceu Carlos Matos sobre o episódio da chacina de Messejana. “Não houve demora na resposta do Governo sobre esse crime, pois cinco meses depois houve punição aos envolvidos. Temos que respeitar o devido processo legal de investigação e não podemos punir aleatoriamente as pessoas sem o direito à ampla defesa e ao contraditório”, comentou Evandro leitão.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), também em aparte, endossou a fala de Evandro Leitão, ressaltando que houve uma cobrança da sociedade, que exigiu respostas ao crime ocorrido em Messejana. Na avaliação do parlamentar, o Governo foi firme no acompanhamento e garantia de punição aos envolvidos.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) ponderou que seria precipitado punir policiais sem a devida e minuciosa investigação do que aconteceu no caso do episódio envolvendo o secretário Inácio Arruda.
Para o deputado Joaquim Noronha (PRP), a agressão à família de Inácio Arruda pode ter sido motivada por “influência política na questão, já que um dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza tem um apoio maciço de boa parte da Polícia Militar, o que poderia contagiar os ânimos desses policiais no momento eleitoral”.
Já o deputado Roberto Mesquita (PSD) lamentou que a solidariedade de diversas entidades do Estado à família do secretário Inácio Arruda não tenha sido a mesma destinada às famílias das vítimas da chacina de Messejana.
RG/GS