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O POVO/Datafolha: 24% dizem já ter sofrido assalto na Capital em 2016 - QR Code Friendly
Terça, 27 Setembro 2016 04:47

O POVO/Datafolha: 24% dizem já ter sofrido assalto na Capital em 2016

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Vinte e quatro por cento dos fortalezenses relatam ter sofrido assalto ou tentativa de assalto neste ano. As vítimas são, principalmente, jovens e pessoas com ensino superior. Os dados são da pesquisa O POVO/Datafollha. Ainda de acordo com o levantamento, 76% dizem não ter sofrido esse tipo de crime em 2016.   LEIA TAMBÉM Regional IV reúne maior número de vítimas de assalto em Fortaleza   Conforme Marcos Silva, pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), os números são “alarmantes”. Considerando famílias de quatro membros, todos os fortalezenses já foram ou tiveram alguém da família entre os afetados pelos crimes.     Para o pesquisador, os dados podem explicar a sensação de insegurança na Capital, apesar dos esforços das forças de Segurança Pública em reduzir a criminalidade. “Antigamente, havia o discurso de que um cruzamento era perigoso. Hoje, a sensação de insegurança é alta, não existem mais pontos fixos”, diz.     A pesquisa ouviu 864 pessoas, entre os dias 22 e 23 deste mês, em Fortaleza. Participaram do levantamento eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais — para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número CE-02799/2016.     Jovens   Do total de entrevistados, os dois grupos mais jovens são os que concentram maior número de vítimas. 35% das pessoas entre 16 e 24 anos disseram ter passado por situação desse tipo de violência. Entre aqueles de 25 a 34 anos, 30% vivenciaram tentativa de assalto neste ano.      Pessoas com ensino fundamental somam 17% das vítimas, enquanto as com ensino médio são 26%. O percentual cresce entre pessoas com ensino superior, que são 30% dos alvos. “Cada vez a violência objetiva (aquela de quem realmente vivenciou o crime) se aproxima da subjetiva (daqueles que não sofreram diretamente, mas que o nível de medo os atingiu)”, ressalta Marcos Silva.     ANTIGAMENTE, HAVIA O DISCURSO DE QUE UM CRUZAMENTO ERA PERIGOSO. HOJE, A SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA É ALTA, NÃO EXISTEM MAIS PONTOS FIXOS”     Marcos Silva, pesquisador do LEV da UFC e professor da Unilab       Saiba mais        Considerando o eleitorado dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, a pesquisa apurou ainda que, dentre as vítimas de assalto ou de tentativa de assalto, 31% são eleitores do Capitão Wagner (PR) e 30% do Heitor Férrer (PSB).     Os dois grupos somam mais da metade das vítimas. 22% dos eleitores de Luizianne Lins (PT) afirmaram ter sido vítima.     Entre os quatro primeiros colocados na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, o menor número de vítimas está entre os eleitores do atual prefeito, Roberto Cláudio, que somam 20% dos entrevistados que vivenciaram tentativa de assalto.
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