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Coluna Política - QR Code Friendly
Terça, 25 Agosto 2015 06:02

Coluna Política

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  Triste e constrangido, Heitor prepara saída do PDT O deputado estadual Heitor Férrer (foto) aguarda a filiação do grupo Ferreira Gomes ao PDT para anunciar sua desfiliação. Eles entrarão por uma porta e ele sairá pela outra. Ele não confirma sua saída, mas admite que a saída agora é o seu horizonte. “Até o presente momento, eu pensava apenas se eles vinham ou se não vinham. Como está praticamente definido, faltando apenas o ato solene de filiação, o meu pensamento hoje é outro: se fico ou se saio do partido”, informou o parlamentar, na manhã de ontem ao presidente estadual da legenda, André Figueiredo, conforme o próprio Heitor relatou à coluna. Ele comentou com André, ainda conforme o relato, que a filiação do grupo lhe causa “muita tristeza e constrangimento”. “28 anos de PDT e de repente chega um neófito e o partido já anuncia que ele é o candidato a prefeito”, disse Heitor à coluna, sobre a garantia dada a Roberto Cláudio de que o prefeito já chegará na condição de candidato à reeleição. O deputado estadual evita confirmar que sairá, mas dá todas as indicações nesse sentido. “Sair é traumático e ficar é duplamente traumático”. Trauma, sobretudo, para seu perfil de eleitor. “Tenho feito consulta no Whatsapp, no Facebook. O eleitor tem quase que 100% dito que o caminho é sair. E isso me é muito precioso. Para quem tem eleitor crítico, a voz do cidadão pesa muito”. O TEMPO DE HEITORHeitor já amadurece a reflexão e dá a entender já ter a decisão tomada. Porém, só a divulgará no tempo que julgar oportuno. Afinal, sabe que o que parece certo pode não se concretizar. “Política é extremamente dinâmica. O que estava sendo programado ontem pode não ser amanhã. O tempo certo é a filiação”. Isso para não correr o risco de deixar a legenda por uma circunstância que pode nem se concretizar. Entretanto, Heitor não tem todo tempo do mundo. Para estar apto de concorrer no ano que vem, precisa definir um eventual novo partido até 3 de outubro deste ano. Ele não quer correr o risco de ser cozinhado pelos Ferreira Gomes, que poderiam segurar a definição para atrasar seus planos. Coisa, aliás, que já fizeram várias vezes. Heitor diz que não ficará a mercê. “Claro que eu tenho meu próprio tempo, se a filiação não ocorrer. Esse tempo, só eu sei”, disse Heitor. SEM ACORDOAs hipóteses cogitadas para tentar segurar Heitor no PDT, com oferta de vaga de vice na chapa do ano que vem e até um compromisso de lança-lo a prefeito em 2020, não seduzem o deputado. “Não passa por mim a ideia de ficar por conta disso, jamais. Essa fórmula não me apetece, não me conquista, não me convence. Seria o pior caminho. Para mim, não funciona”. Vale lembrar que, não faz muito tempo, também houve aceno com um cargo para evitar que Heitor fosse candidato a prefeito. Foi em fevereiro de 2012. Naquela ocasião, o grupo dos Ferreira Gomes ofereceu a ele a indicação para vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele não topou e a vaga ficou com o advogado Hélio Parente. E a vaga no TCM teria indicação certa e sairia no dia seguinte. Bem mais concreto de o aceno ao apoio a uma candidatura daqui a cinco anos.
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