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Estudantes tumultuam sessão e impõem leitura de manifesto - QR Code Friendly
Quarta, 01 Julho 2015 04:08

Estudantes tumultuam sessão e impõem leitura de manifesto

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Este grupo de manifestantes calou a Assembleia e ainda impôs que fosse lido, na tribuna daquela Casa, um documento de protesto contra a redução da maioridade penal, na pauta de votação na Câmara dos Deputados Este grupo de manifestantes calou a Assembleia e ainda impôs que fosse lido, na tribuna daquela Casa, um documento de protesto contra a redução da maioridade penal, na pauta de votação na Câmara dos Deputados FOTO: JOSÉ LEOMAR
  A manifestação realizada por representantes de entidades estudantis, na manhã de ontem, contra a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos pela Câmara dos Deputados causou alvoroço no plenário da Assembleia Legislativa. A sessão foi suspensa e só reiniciou com a leitura de um documento dos estudantes feita pela deputada Bethrose da tribuna, o único momento em que houve um pouco de silêncio nas galerias. O grupo ocupou as galerias do Plenário 13 de Maio por volta das 11h, após pedidos de parlamentares e a determinação do presidente da sessão, no momento, Daniel Oliveira. Antes, só uns poucos estavam lá. Uma comissão formada pelos deputados Augusta Brito (PCdoB), Bethrose (PRP), Elmano Freitas (PT), Rachel Marques (PT), Renato Roseno (PSOL) e Zé Ailton Brasil (PP) foi formada para conversar com alguns manifestantes. Mesmo após a Casa ter recebido as demandas dos representantes dos movimentos, os que estavam nas galerias continuaram entoando discursos e palavras de ordem, irritando os parlamentares que tentavam falar da tribuna. Após diversas advertências e apelos, o deputado Tomaz Holanda (PPS), que presidia a sessão no momento, suspendeu os trabalhos por dez minutos, mas durou bem mais tempo. Leitura Finda a reunião com a comissão de estudantes, ficou acertado que a deputada Bethrose (PRP) leria, na tribuna, o manifesto dos estudantes e que alguns parlamentares, representando a Casa, acompanhariam a passeata que o grupo iria realizar em seguida. Mesmo após a leitura do documento, os manifestantes permaneceram no plenário e reagiram enquanto o deputado Carlos Matos (PSDB) se posicionou contrário à inclusão de metas relacionadas à identidade de gênero no Plano Estadual de Educação. Após vaiarem o parlamentar, os estudantes ainda criticaram a deputada Silvana Oliveira (PMDB) que, em confronto com eles, afirmou defesa do papel da família na educação sexual dos filhos. Após a saída dos estudantes do plenário, ela voltou à tribuna no tempo de liderança para criticar a postura dos manifestantes que, em sua avaliação, foram desrespeitosos. "Passou o tempo da lei do grito. Essas pessoas se vestem de uma capa de democracia e desrespeitam o parlamento. Esta Casa tem que receber os movimentos, ouvi-los, mas jamais silenciarmos diante deles", reforçou. "Se tentarem me calar, eu parto para cima". Antes da manifestação, outros parlamentares já haviam levado à tribuna a questão da votação da proposta para reduzir a maioridade penal, prevista para ser votada ontem pelo plenário da Câmara dos Deputados. Renato Roseno destacou dados do último levantamento do Mapa da Violência, mostrando que, nos últimos 10 anos, o número de homicídios de adolescentes no Ceará cresceu em 436%, saltando da 19ª para a terceira pior colocação no País. Confusão "Vivemos em um verdadeiro morticínio de adolescentes e jovens. A resposta estatal é um plano de longo prazo para pensar em como reduzir o envolvimento dos jovens com a violência? Não. A resposta é clássica, velha, populista, cara, ineficiente e injusta, que é o hiperencarceramento", criticou. Roseno apontou ainda que outros estados, com políticas sociais, conseguiram reduzir os índices de mortalidade, como os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O deputado Carlomano Marques (PMDB), por sua vez, avaliou que o discurso feito pelo socialista era "politicamente correto, mas completamente às avessas da realidade". Para o peemedebista, o discurso de que, por terem sido vítimas na infância de abandono ou maus tratos pelos pais, jovens poderiam realizar crimes, não pode ser aceito. "Por que não se comportam? Ah, é porque é pobre, filho de mãe solteira. Esse é um discurso equivocado, ideológico", criticou. O parlamentar apontou ainda que jovens que cometem crimes confiam na impunidade por conta da lei. "Muitos desses jovens não querem estudar, batem em seus professores e, quando são recolhidos, muitas vezes já têm mais de uma passagem na polícia. O nome disso é impunidade", destacou. Apesar da intenção de realizar um protesto pacífico, a manifestação de estudantes e representantes de entidades causou tumulto dentro e fora da Assembleia. Ao tentar entrar nas galerias, um grupo foi barrado pela Polícia Militar e, na confusão, a porta de entrada foi estilhaçada, ferindo dois policiais e três jovens, nos braços, mãos, rosto e pescoço. A arma do policial caiu no chão e houve corre-corre. O Batalhão de Choque foi acionado e ficou do lado de fora, dando apoio à segurança.
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