O parlamentar também relembrou o assassinato da travesti Dandara dos Santos, no Conjunto Ceará, em Fortaleza. O crime fez cinco anos nesta terça-feira (15/02). “O caso de Dandara escandalizou o Brasil há cinco anos, e hoje o crime ainda não foi abolido. Dandara e Sofia tinham uma orientação sexual definida fora do convencional e, por isso, foram assassinadas. Essa realidade nos impõe não aceitar a naturalização”, pontuou.
Acrísio propôs a criação de uma campanha para combater os índices de crimes de LGBTfobia. “Eu proponho que a gente faça uma campanha contra o ódio pela opção sexual das pessoas, as vidas não podem ser ceifadas porque a orientação sexual não é aquela que eu concorde, e principalmente, num estado que tem como marca o povo hospitaleiro”, destacou.
Segundo o dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras, realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 140 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil em 2021, e o País continua sendo o que mais mata pessoas trans no mundo. O parlamentar associou os dados ao avanço do preconceito.
“O Brasil é o primeiro no ranking de matar pessoas trans, e temos o gabinete do ódio, que dissemina o preconceito contra mulheres, contra índios, contra trans. Esse gabinete do ódio se destacou no Brasil depois do golpe de 2017, contra a Dilma.O Governo Bolsonaro é machista, homofóbico e racista”.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PL) contestou os dados e defendeu o Governo Federal. “Nãopodemos atribuir os crimes de homofobia ao Governo Bolsonaro. Não é verdade que o presidente Bolsonaro esteja acumulando crimes de homofobia. O presidente Bolsonaro e os que o apoiam jamais lutam por crime de feminicídio, transfobia ou grupos LGBTQIA+".
JI/LF