O parlamentar afirmou que a operação da Polícia Federal realizada ontem (15/12), envolvendo os ex-governadores Cid e Ciro Gomes, foi uma “punição pública”, mas almeja que isso “se transforme, ou não, em algo jurídico”. “O Parlamento e a imprensa não podem deixar de acompanhar esse processo. Quem está dizendo que houve propina nas obras do Castelão foi um juiz federal. A Justiça Federal tem que trazer à luz a punição jurídica, pois eu não acredito que a Justiça faria uma busca e apreensão em um lar que não seja robusta de provas”, pontuou.
Heitor Férrer afirmou que o processo de licitação das obras foi “cheio de vícios” e que, à época, sugeriu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na AL para investigar suspeitas de corrupção. “Mesmo com o menor preço, como se fala, tem combinemos. A CPI que sugeri na época era para investigar isso. Encaminhei inclusive para o Ministério Público a solicitação de investigação. Fiz o que meu papel de parlamentar necessita”, lembrou.
O deputado sugeriu que o Parlamento cearense forme uma comissão para acompanhar o processo, pois cabia à Casa, à época, a fiscalização da obra. “Eu espero que no final haja uma punição e uma sentença. Vou eu, particularmente, acompanhar esse caso”, afirmou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoC), em aparte, chamou a atenção para o que acredita serem indícios de interferência política do Governo Federal sobre a Polícia Federal, sobretudo levando em consideração as intervenções e modificações que foram feitas desde o começo da gestão de Bolsonaro, como na atuação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) reiterou que não está convencido da necessidade de “medidas extremas” adotadas na operação realizada pela Polícia Federal.
GS/CG