No último dia 26 de setembro, a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completou mil dias. Acrísio advertiu sobre os problemas que o País enfrenta no atual momento. “Mil dias de uma gestão, e o legado, se é que podemos chamar de legado, é um Brasil mais pobre, mais faminto e mais desesperançoso, com militarização, com destruição ambiental e com desrespeitos ao Judiciário. Até o presente momento, a sua gestão já enfrentou mais de cem crises, três por mês, 19 ministros deixaram suas pastas.”
Acrísio Sena enfatizou a situação econômica do País e lamentou o número de desempregados. “Três dos principais indicadores econômicos - valor da cesta básica, o salário ideal e as obras trabalhadas necessárias para adquirir produtos de cestas - atingiram os piores cenários quando comparamos os primeiros mil dias de cada ex-presidente”, assinalou.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em setembro de 2021, 14,7 milhões de pessoas estavam na extrema pobreza; 14,4 milhões desempregados; 19,9 milhões de famintos e quase 600 mil mortos por Covid-19.
“Bolsonaro entra para a história republicana como campeão de crime de responsabilidade de todo o País. Nenhum presidente da República na história recebeu tanto pedido de impeachment como Bolsonaro. Ele botou para andar a passos acelerados a sua proposta armamentista, criou facilidades tributárias para armas”, acrescentou.
O parlamentar falou ainda sobre a manifestação que aconteceu no último dia 2 de outubro em todo o País contra Jair Bolsonaro e pressionando pelo impeachment do chefe do Executivo nacional. “Os movimentos sociais foram às ruas para mostrar que nós não temos acordo com essa política”, observou.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PDT) questionou sobre as pessoas que defendem o Governo Federal. “Eu queria entender por qual razão você ainda defende. Você que vota no Bolsonaro está satisfeito com o preço da carne? Você está satisfeito com o preço da gasolina? Está satisfeito com o valor da energia? Em qual dessas alternativas você se apega? Não tem sentido. O Brasil ficou pequeno do tamanho do mundo, com o presidente que nós temos, seja na moral ou na ética”, afirmou.
JI/AT