Segundo o parlamentar, comerciantes relatam que facções criminosas têm ameaçado explodir estabelecimentos caso não recebam uma determinada quantia em dinheiro. “Venho pedir que o governador faça um investimento nos moldes do que ele fez no Sistema de Administração Penitenciária no âmbito da Polícia Civil, no âmbito da polícia investigativa, sem deixar de valorizar os outros órgãos da segurança”, requisitou.
Tony Brito também informou que a Polícia Civil está com defasagem de efetivo, ressaltando que, em 1980, o efetivo policial era maior do que é hoje. O deputado pediu que o Governo ouça as entidades de classe representativas da segurança pública – mensalmente ou, no máximo, de três em três meses – para que seja encontrada uma solução para as demandas da categoria.
“O policial que está na rua, defendendo a sociedade com o risco da própria vida, merece ser ouvido e ter participação. Isso se faz através de seus representantes legalmente constituídos. Eles não podem ficar ao deus-dará, eles precisam de uma segurança jurídica. Hoje uma fofoca de um bandido, uma denúncia falsa afasta o policial, instaura um inquérito e prejudica nas suas promoções. Cadê a retaguarda jurídica?”, questionou.
O deputado também comentou sobre o projeto de indicação 290/21, de sua autoria, que cria ala específica para internação de profissionais da segurança pública em hospitais públicos estaduais. Segundo ele, a proposta visa impedir que um policial divida uma ala hospitalar com um criminoso, como ele indicou já ter presenciado.
Tony Brito criticou ainda o racismo sofrido recentemente por uma colega delegada da Polícia Civil na loja Zara do shopping Iguatemi. “Estou aqui também para repudiar todo tipo de discriminação, de racismo e de preconceito que, infelizmente, ainda existe em nossa sociedade”, frisou.
O parlamentar também somou-se ao colega Nizo Costa (PSB) na defesa dos trabalhadores do transporte complementar, manifestando seu apoio à categoria. “É uma categoria de trabalhadores que são regulados, que participaram de processo licitatório e obedeceram a todas as regras do Estado para poder exercer sua atividade”, acentuou.
Em aparte, o deputado Delegado Cavalcante (PTB) indicou que o Governo Estadual é omisso em determinadas situações. “A polícia é perseguida aqui no Ceará, e o bandido tem mais direitos do que o cidadão de bem”, criticou.
Já o deputado Queiroz Filho (PDT) indagou se os discursos do deputado Tony Brito e Soldado Noelio (Pros), por exemplo, e a forma como eles se posicionam, não enalteceriam as ações das facções, ao que Tony Brito respondeu que é preciso falar e cobrar atitudes para coibir essas ações.
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