De acordo com Queiroz Filho, o presidente Bolsonaro se pronunciou na imprensa responsabilizando os governadores estaduais pela alta do combustível, o que é entendido pelo parlamentar como um equívoco por parte do chefe do Executivo federal.
“O preço do combustível é dolarizado. O valor do barril de petróleo que o Brasil produz é vendido pela Petrobras para fora do Brasil e para o mercado interno em dólar, e qualquer variação cambial impacta nesse valor”, explicou o deputado.
Para ele, o que deveria ser feito era um entendimento geral entre União e estados para se chegar a um consenso em relação à questão dos combustíveis.
“É um absurdo o valor atual do preço do combustível, sendo algo que impacta no preço da tarifa de ônibus, no transporte rodoviário, no preço das passagens aéreas, entre outros impactos”, avaliou Queiroz Filho.
O deputado salientou ainda que, desde o início de 2021, o preço médio da gasolina subiu 25% nos postos brasileiros, enquanto o etanol subiu 36%, na medida em que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Ceará não foi alterado durante esse período. “Se, no início do Governo Bolsonaro, o dólar custava R$ 3,47 e agora está em R$5,20, era natural que o valor do combustível aumentasse”, pontuou.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania), comentou que o valor do barril de petróleo é que determina o valor do combustível a ser cobrado na bomba comercial. Para ele, se houve aumento do dólar, era esperado que a gasolina atingisse esse valor exorbitante.
“Quem determina o valor do dólar é a política econômica nacional, que é um desastre”, criticou Júlio César Filho.
Já o deputado Osmar Baquit (PDT) considerou que o povo brasileiro acordou. “O povo acordou para saber que tem um governo que não cuida dos pobres, em que a carne, o gás e a gasolina têm preços exorbitantes”, apontou.
RG/LF