O parlamentar destacou a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) e frisou que, mesmo sendo um plano “universal, poderia ser perfeito, não fossem os diversos golpes que sofre ao longo dos anos”.
Entre esses “golpes”, lembrou o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que dificultou ainda mais a aplicação de recursos na saúde - nenhuma alternativa foi proposta após seu fim. Outro "golpe" foi o congelamento dos recursos para a saúde em um teto, em 2016, além do fim dos concursos públicos.
“São diversos os mecanismos que travam a efetividade do serviço proposto pelo SUS e, no caso específico da pandemia, ainda tivemos a atuação do Governo Federal, que atrapalhou bastante na contenção do vírus, ao negar a pandemia e, em outro momento, propor o uso de medicamentos sem validação científica contra a doença, entre outras coisas”, criticou.
Carlos Felipe acrescentou que Dr. Cabeto “moveu moinhos” para tentar conter o alastramento da pandemia dentro desse contexto”; “um tremendo esforço realizado pelo secretário”.
Em aparte, o deputado Heitor Férrer (SD) considerou que o governador Camilo Santana e o secretário de Saúde agiram “conforme o figurino” exigido pela situação. Para ele, não adianta “comemorar o combate à pandemia”, quando a experiência, conforme observou, “expôs as vísceras do fracasso do sistema de saúde cearense”.
“A atuação do governador e do secretário foram importantes, pois, se não tivessem seguido as regulamentações sanitárias, o desastre teria sido maior, mas não vejo como comemorar, quando agora temos que lidar com esses dados que, em verdade, nos envergonham”, pontuou.
PE/AT