“Nossa geração foi atravessada por uma crise de caráter planetário que não atingiu a todos da mesma maneira. Nossa sociedade, baseada no acúmulo de riquezas e consumismo desenfreado, assiste a uma crise sanitária, social, econômica, política e ambiental por conta da desigualdade”, assinalou.
O parlamentar apontou que no Ceará, a desigualdade social ficou “escancarada” com a pandemia do Covid-19. “Desigualdade não apenas de renda, mas de acesso, poder e condições de vida”, disse.
Renato Roseno criticou o Governo Federal pela falta de políticas para combater a pandemia. “O Governo Bolsonaro foi aliado da pandemia. O presidente desdenhou da doença. Dos R$ 500 milhões que foram aprovados em crédito extraordinário no Congresso, apenas 43% foram executados. Menos da metade”, lamentou.
O deputado salientou a necessidade de definir diretrizes sanitárias para as atividades educacionais. “Eu queria abrir o debate com a base do Governo. Tive um projeto rejeitado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, mas, precisamos aprovar essas diretrizes sanitárias. Aprovar cuidado ao professor e alunos. Atualmente, cerca de 200 escolas no Ceará, por exemplo, não têm água potável. Isso precisa ser corrigido”, afirmou.
O parlamentar parabenizou ainda o governador Camilo Santana, pela gestão do Ceará, durante o estado de emergência na saúde. “Camilo ouviu os pesquisadores, a ciência e valorizou os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e demais”, frisou.
Renato Roseno ressaltou também a necessidade de fazer um movimento, junto ao governador, para um requerimento sobre uma renda universal para dar apoio aos miseráveis e aos que passam fome. “A fome voltou junto à pandemia e a política de Governo Bolsonaro. É nossa obrigação lutar para combater a desigualdade que voltou com força. Precisamos mostrar que quanto maior e melhor a educação pública, a saúde pública a distribuição de renda, melhor é a sociedade”, afirmou.
O deputado parabenizou todos os profissionais que trabalharam durante a pandemia e lembrou a morte de sua mãe, Maria Valda Roseno, que faleceu no dia 14 de maio deste ano, vítima de câncer.
GM/AT