Para Tin Gomes, Cid foi muito claro desde o princípio, ao anunciar que iria a Sobral, via redes sociais, para dialogar com os manifestantes. “Está tudo filmado desde o início, quando ele chegou, a passeata com megafone em punho. Antes que acontecesse qualquer coisa ele levou um murro de um policial, está tudo registrado”, assinalou.
O parlamentar ressaltou que paralisação de Polícia Militar é inconstitucional, e que parlamentares não deveria incitar esse tipo manifestação. “Não é a mesma coisa que uma greve de professores e, para além disso, os policiais, a minoria deles está fazendo terrorismo com a população. Toda vez que a polícia paralisou, teve morte e tiroteio”, afirmou.
O parlamentar destacou o “cunho eleitoreiro” da situação e cobrou bom senso e humildade por parte dos policiais, para que o diálogo possa continuar.
O deputado Marcos Sobreira (PDT) se manifestou, em aparte, considerando que essa crise é fruto de política “rasteira”. Segundo ele, quem está por trás são ex-políticos que não conseguiram se reeleger tentando “ressurgir das cinzas”. “Quem quer ser eleito tem que trabalhar. Visitar os municípios, conhecer o povo, e não ficar provocando medo na população”, disse.
O parlamentar também afirmou que as lideranças dos policiais não conseguiram cumprir o acordo estabelecido por eles, e que trouxeram uma deputada federal de outro estado, no caso, a Major Fabiana (PSL/RJ) para “conversar com Camilo Santana.
“Ora, o governo do Rio de Janeiro aprovou agora concurso para policial militar, cujo salário base é R$ 3.400. No dia que o Rio de Janeiro tiver 10% da educação do Ceará, eles podem vir aqui e dar essa moral para gente”, ironizou.
O deputado Nezinho Farias (PDT) também prestou solidariedade a Cid Gomes. Disse que “ama a Polícia Militar, mas está decepcionado com ela”.
Segundo o parlamentar, esses policiais, em minoria, estão sendo ingratos com o Governo do Estado. O parlamentar afirmou que não votará mensagem nenhuma, enquanto a segurança não tiver sido restabelecida no Ceará.
PE/AT