A parlamentar pontuou algumas das reivindicações dos trabalhadores, como a extensa jornada de trabalho, assédio moral e abuso de autoridade administrativa. Porém, ainda de acordo com a deputada, a principal reclamação vem dos altos índices de acidentes de trabalho. “Foram quatro, apenas entre os dias 20 e 24 de agosto”, observou.
Eliane afirmou que as condições de trabalho no local ferem todos os princípios e convenções da Organização Internacional do Trabalho, além de diversas normas reguladoras referentes à saúde do trabalhador.
Ela afirmou que o Complexo Portuário do Pecém é “cantado aos quatro ventos como um dos equipamentos mais importantes do Estado, mas não olha para o principal responsável por seu desenvolvimento econômico e industrial, o trabalhador portuário”.
A Assembleia, conforme sua avaliação, tem a obrigação de agir. “Vou sugerir ao Tribunal Regional do Trabalho que se faça uma visita ao Porto, para que, dentro de nossas possibilidades, busquemos intervir em favor dos trabalhadores, com o objetivo de contribuir para erradicar definitivamente os riscos de acidentes”, afirmou.
Eliane concluiu que a Cearáportos, de forma irresponsável, tem insistido em se colocar como isenta, afirmando que os trabalhadores acidentados pertencem a empresas privadas.
PE/AT