Para Elmano Feitas, o que o colega fez não pode ficar sem uma resposta firme do Poder Legislativo. “Só existem dois caminhos para o deputado André Fernandes: ou ele engrandece o Parlamento, comprova que tem coragem e não é frouxo e apresenta o nome dos deputados envolvidos, ou ele responde pelo que diz”, salientou.
Segundo o deputado, André Fernandes "precisa saber que imunidade tem limite e, se ele não pode responder por um processo criminal ou civil, ele responde por um controle político que esta Casa pode fazer". Ainda de acordo com Elmano, a tribuna da Casa não pode ser usada para acusar outros colegas sem pedir providências. “Se ele acusa alguém e não diz os nomes, comete crime de prevaricação. O mínimo que deveria ter feito era pedir uma investigação ao Tribunal de Justiça para apurar a suposta relação de um parlamentar com uma facção criminosa”, apontou o parlamentar.
Em aparte, o deputado Leonardo Araújo (MDB) considerou que André Fernandes tem extrapolado na sua ação midiática na Casa. “Não se jogam palavras ao vento sem a responsabilidade de ser chamado para prová-las”, pontuou.
O deputado Heitor Férrer (SD) assinalou que há divergências de opiniões, mas que precisa haver respeito entre todos. “Ele jogou todos nós em um mundo do crime, e não somos criminosos”, acrescentou.
O líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania), comentou que inexperiência não é sinônimo de irresponsabilidade. “Se um deputado recebeu denúncias e não procurou a polícia, ele está sendo conivente”, opinou.
Já o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que há limites nas divergências. “O debate pode ser intenso, duro, acalorado, mas não pode ir para a calúnia, pois imputar crime a outro também está previsto como crime, previsto na legislação penal brasileira”, enfatizou.
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