Segundo a socialista, o Executivo tem encontrado dificuldade para criar canais de diálogo com o funcionalismo. “O que se tem obtido são encaminhamentos evasivos, gerando angústia entre os servidores”, considerou. A parlamentar citou o caso da Semace: “todos os prazos dados foram descumpridos”.
Eliane Novais disse que inúmeras tentativas de negociação foram feitas pelos funcionários, mas o Estado não teria se disposto a conversar. “Caso a paralisação de fato aconteça, além de comprometer a proteção do meio ambiente, poderá impactar negativamente na economia, uma vez que a execução de obras depende da licença da Semace”, ponderou.
Na opinião da parlamentar, o fato de a Superintendência não garantir a balneabilidade integral da orla de Fortaleza, e o Rio Cocó ter cerca de 90% de sua extensão poluída demonstram a necessidade de a estrutura do órgão ser melhorada. “Não se faz gestão ambiental sem educação ambiental. Uma gestão pública ambiental nunca será de qualidade enquanto os servidores não forem valorizados e respeitados. Senhor governador, o senhor precisa respeitar os servidores. Receber as categorias é o mínimo. Ouvir é dialogar também”, afirmou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) endossou o tom de crítica à postura do Palácio da Abolição. “Lamento que o governador diga aos quatro cantos do mundo que vai trazer o progresso para o nosso Ceará e é insensível no trato com as pessoas. Tiveram dificuldade todas as categorias que tentaram dialogar com ele. Professores passaram vexame, policiais pararam, dentistas são humilhados com contracheques e, agora, a Semace. Não negamos as obras de concreto. Mas, no trato com as pessoas, vemos um governo insensível”, frisou.
BC/CG