Segundo o deputado, até agora são poucas as informações sobre o assassinato. “Sabemos que ela foi atingida por uma submetralhadora de uso privativo das forças de segurança, e que foram desviadas do arsenal da Polícia Civil do Rio de Janeiro; e que das 11 câmeras de segurança no trajeto feito pela vereadora, cinco estavam desligadas”, assinalou.
Renato Roseno salientou que a sociedade quer saber quem mandou matar e quem matou Marielle, pois avalia que o Brasil ainda é um país que carrega a chaga dos assassinatos políticos. “Somente em 2017, foram mais de 70 lideranças do campo assassinadas. Sabemos que, tanto no agronegócio como na política, se contrapor ao poder estabelecido é muito perigoso, e a Marielle tinha esta coragem”, acrescentou.
O deputado considerou a morte da vereadora como um atentado à democracia, e que a luta dela precisa ser a luta de todos. “Ela era a expressão e a encarnação de tudo o que queríamos de mais novo na política, uma mulher negra, favelada e símbolo do movimento LGBT, que teve a trajetória interrompida, mas que continua presente nas nossas lutas”, ressaltou Roseno.
Em aparte, o deputado Gony Arruda (PP) enfatizou que Marielle Franco combatia as desigualdades, porque viveu isso na pele, e incorporava bandeiras valiosas para a sociedade. “Foi um crime bárbaro e inaceitável contra uma mulher que orgulhava a democracia brasileira, e o País precisa saber o que de fato motivou o assassinato desta mulher pública”, pontuou.
Para o deputado Roberto Mesquita, a vereadora Marielle era um espelho para a sociedade brasileira. “O espelho ficou trincado, quando vemos que a brutalidade ainda cala vozes com o sentimento de luta que ela tinha”, lamentou.
Já o deputado Dedé Teixeira (PT) comentou que a vereadora era um símbolo de lutas das mulheres da favela e negras. “Que o seu legado faça com que nós, que representamos a sociedade nos parlamentos, possamos fortalecer a luta das mulheres negras, da diversidade sexual, para que tenhamos um País mais justo”, destacou.
RG /AT