“O açude de Sítios Novos está sendo utilizado para abastecer. Hoje, há, no açude, uma reserva de água de menos de 8 por cento, por conta da utilização intensiva”, disse o parlamentar, defendendo que essa reserva deveria ser destinada ao abastecimento humano e animal.
De acordo com o parlamentar, os lençóis freáticos da região estão sofrendo por descaso na utilização do recurso. “A água potável subterrânea está sendo retirada em São Gonçalo e Caucaia, até 800 metros de profundidade. De acordo com estudo feito, no momento em que se retira a água, haverá uma salinização dos mananciais. Também há possibilidade de afundamento de terreno, causando riscos para a população do local”, observou.
Dr. Leônidas frisou que há uma ação pedindo o embargo da obra de perfuração dos mananciais. “Sou a favor do progresso, mas não se está destinando a água para a população. Hoje, defendo e peço aos governantes responsabilidade para nossa sobrevivência. São necessárias outras soluções” acentuou o parlamentar.
Na avaliação do deputado, o progresso pode proporcionar uma transformação sem necessidade de causar danos. Segundo ele, é preciso um olhar para conciliar o progresso com a preservação da natureza. “Havia a decisão de paralisar as obras. Mas, neste momento, houve uma revogação, e precisamos ter mais informações, para que não aconteça um desastre”, anteviu.
O deputado Odilon Aguiar (PSD), em aparte, informou que já havia alertado sobre a dinâmica geológica da região. “Vários investimentos foram atraídos para o Pecém, e o Estado deu garantia de que haveria água. Houve um grande erro, porque há um consumo de 3 metros por segundo, e não houve condições para suprir essa necessidade. Há um projeto de dessalinização, de 1 metro por segundo, mas é insuficiente”, avaliou
JS/PN