O parlamentar explicou que as principais centrais sindicais brasileiras lançaram, na última quarta-feira (06/06), a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, manifesto coletivo que busca consolidar as principais pautas de reivindicação popular a serem apresentadas aos candidatos à Presidência.
O documento é assinado por dirigentes da Central dos Trabalhadores Brasileiros e Brasileiras (CTB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da Força Sindical, da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), da Intersindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
De acordo com Dr. Santana, um dos pontos mais urgentes envolve a criação de uma política de geração de emprego. “É um ponto urgente e que merece atenção especial, devido ao crescimento dos índices de desemprego e subemprego no País”, considerou.
Outro ponto de destaque é a retomada das obras de infraestrutura social do País. Conforme observou, a miséria tem voltado a patamares que há anos não atingia, e essa situação tem ligação direta com o crescimento do desemprego e da violência no Brasil.
O parlamentar comentou sobre as expectativas que o pleito eleitoral desse ano tem gerado na população. “Vejo que todo mundo está com esperança de que, com as eleições e uma possível mudança de gestão do País, Estado ou município, a situação possa melhorar, mas não é o que eu percebo”, disse.
Para começar, segundo ele, é preciso haver uma mudança profunda na legislação eleitoral. De acordo com o deputado, as mudanças realizadas até o momento não são suficientes para barrar a corrupção e a compra de votos. Outra necessidade, ressaltou, seria o fortalecimento das instituições, “para que não se tornem instrumentos de perseguição política, como tem sido feito com o Judiciário”.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (Pros) também reforçou a necessidade de mudanças. “Se não mudarmos a forma de pensar e agir, continuaremos tendo os mesmos resultados”, pontuou.
Roberto Mesquita reforçou a importância de alterar o modelo político atual, que, segundo ele, “torna o parlamentar, principalmente o federal, um mero corretor de recursos”. Ele fez alusão à falta de protagonismo dos prefeitos, que, ante a carência de recursos para gerir os municípios, recorrem ao Governo Estadual e a parlamentares federais em busca de auxílio. “Esse tipo de problema nem deveria existir, e ainda possibilita todo tipo de aliança entre políticos com o objetivo de mantê-los sempre no poder”, assinalou.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) também criticou políticos que usam mandato como uma “capitania hereditária”. “Chama o filho, a mãe, o irmão para trabalhar junto, mantém a família inteira, não dando chance a novas oportunidades que possam surgir para a população”, disse.
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