O parlamentar citou o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol/RJ) na última terça-feira (14/03), para levantar a reflexão. Para ele, trata-se de um crime político, realizado por facções criminosas “em um ato de afronta contra o Estado”. O crime, conforme observou, precisa ser visto com preocupação.
No tocante ao Ceará, especificamente, Dr. Santana disse que o governador Camilo Santana tem feito sua parte e promovido ações estratégicas, concretas e inusitadas no enfrentamento ao crime organizado. “Que outro governador contratou 4.200 policiais militares em um único mandato? Camilo comprou mais de 300 viaturas, treinou e equipou os policiais, além de colocar o tema segurança pública na pauta do Governo Federal. O pior cego é aquele que não quer ver”, afirmou.
Dr. Santana acrescentou ainda que assinou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, mas que a criação de um sistema de inteligência para a investigação dos crimes tem muito mais impacto. “Ficar usando essa CPI para criticar o Governo é criar ilusão para as massas e fazer política com coisa séria”, frisou.
Em aparte, o deputado Odilon Aguiar (PMB) disse que a realidade do Ceará é “bem mais assustadora” e que resolver a violência não é apenas questão de inteligência. “Falta vontade política do Governo para resolver o que é prioridade em nosso Estado”, avaliou.
O deputado Nestor Bezerra (Psol) considerou que ninguém sabe ao certo as origens dessa violência e alegou que a causa para o aumento da criminalidade é a falta de emprego promovida pelo Governo de Michel Temer. “Na falta de emprego, todo mundo vai procurar o meio mais viável de sobrevivência. E os índices apontam essa relação”, pontuou.
A deputada Rachel Marques (PT) prestou solidariedade aos familiares e amigos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e destacou a militância dela. A parlamentar apontou também acontecimentos que marcaram a atuação da vereadora nos últimos dias, o que, segundo ela, deixa claras as motivações que levaram ao crime.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) afirmou que toda essa discussão acaba no dia 8 de outubro e resumiu tudo a uma “pré-campanha eleitoral”. “Estão debatendo política sem nem saber do que estão falando, mas é só passar a eleição e isso acaba. A violência está em todo o País e culpar apenas Camilo Santana por isso é uma perversidade”, ponderou.
Já Fernando Hugo (PP) lembrou que outros governadores do Nordeste usam o trabalho de Camilo Santana como referência e que a atuação do tráfico no Ceará tem muito mais a ver com outros fatores, como a posição geográfica do Estado, que com a atuação do Governo.
PE/AT
