De acordo com o parlamentar, a obra está em atraso devido a problemas com a construtora. “Há dois anos o trecho está interditado. A gente vai para a zona norte comendo poeira. Nenhum trabalhador lá. Porque não houve velocidade”, disse. Na avaliação de Ferreira Aragão, uma vez identificado o problema e detectado que houve roubo, a solução é prender o culpado e recuperar o dinheiro, dando maior celeridade às obras. “Chama-se o Ministério Público, faz-se um leilão para decidir a construtora para construir e pronto. Com hora para começar e terminar, sem aditivo.
O parlamentar criticou a falta de legislação para solucionar a morosidade dos empreendimentos públicos e exigiu representação Federal. Para ele, deveria existir uma lei que, além de estabelecer prazos para iniciar e finalizar as obras, não permitisse aditivos ao preço original. “O roubo está no aditivo”, argumentou, explicando que os diversos aditivos contratuais acabam encarecendo o valor. Ferreira citou como exemplo as obras para a Copa de 2014.
“Faça um levantamento de quantas obras estão paralisadas hoje no Brasil e você cai para trás. Ali é dinheiro; sangue do brasileiro que foi investido naquela obra para parar. É preciso dar velocidade e concluir a história”, reiterou.
Ferreira disse que, muitas vezes, recebe as reclamações, mas argumenta que um deputado estadual não tem competência para solucionar o problema. “Se eu fosse federal, vocês iriam ver um deputado para brigar em Brasília. Temos que exigir isso dos deputados federais que serão eleitos agora”, disse.
Em aparte, o deputado Sérgio Aguiar (PDT) reforçou o pronunciamento, principalmente sobre a Curva dos Frios, onde, segundo ele, muitas pessoas já morreram e que está esquecida. “Quando se passa por lá, seja um caminhoneiro, seja aquele que vai no transporte coletivo ou particular, parece que está esquecido, deixado de lado, e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) não toma as devidas providências”, endossou.
A deputada Aderlânia Noronha (SD) discorda que a responsabilidade pelo andamento das obras seja dos deputados federais. “Vou torcer para que lá em Brasília tenha bons representantes, mas culpá-los pela descontinuidade é um engano. As obras não dependem dos deputados federais para ser concluídas”, opinou.
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