Segundo o parlamentar, a prática não é uma novidade em relação a órgãos públicos, porém a brincadeira resulta no impedimento de casos que realmente necessitam daquele serviço. “A ambulância se desloca, consome gasolina, transporta a equipe e, quando chega no endereço, não há nenhuma ocorrência. De janeiro para hoje, são 2.800 casos de trote para o Samu”, reclamou.
Outro assunto que vem preocupando o deputado é a lei que obriga a permanência de faróis acesos em algumas avenidas de Fortaleza. Para Lucílvio Girão, a regra se faz necessária em rodovias, mas dentro da cidade configura-se como “mais uma forma de ganhar dinheiro com multas”.
O parlamentar criticou ainda a assistência restrita do Instituto de Saúde dos Servidores do Ceará. Ele afirmou que vários funcionários públicos o procuraram e informaram que exames e atendimentos estão sendo limitados. “Temos que trazer o superintendente para uma reunião com a Comissão de Saúde e sugerir melhorias no serviço, pois as pessoas estão perdendo seus direitos, por conta da desorganização de um sistema”, alertou.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) lembrou que, em 2016, deu entrada no projeto de lei n°134/16, que trata do combate aos trotes para órgãos públicos do Ceará e das penalidades cabíveis. “Para cada três ligações ao Samu, uma é trote. Vários estados já aplicam multa aos números que praticam trotes com frequência, e aqui não pode ser diferente”, assinalou.
LA/AT