Leonardo Pinheiro assinalou que a ação, que irá custar cerca de R$ 7,2 milhões, faz parte do esforço de dar autonomia de abastecimento ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém. “Dessa forma, os demais mananciais da bacia metropolitana irão abastecer a população da Capital e dos municípios vizinhos. Portanto, essa é mais uma das ações de segurança hídrica”, afirmou.
Segundo o deputado, a ação é de extrema importância, já que o Ceará atravessa o sexto ano de seca. “Nos últimos três anos, foram empregados na política de recursos hídricos cerca de R$ 400 milhões, apesar das dificuldades financeiras do Estado”, adiantou.
O parlamentar lembrou que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo País, o Ceará ainda tem a melhor saúde financeira entre todos os estados, graças à responsabilidade do Governo com os gastos públicos. “Só este ano foram adquiridas mais duas máquinas perfuratrizes, perfazendo 14 ao todo", lembrou. Com os equipamentos, conforme explicou Leonardo Pinheiro, foram perfurados mais poços profundos, evitando que 40 municípios entrassem em colapso no ano passado.
Ele também considerou importante a construção de mais 330km de adutoras, nos dois últimos anos; a implantação de 191 sistemas de dessalinização e a conclusão da interligação do açude Pacajús à Região Metropolitana. Ao mesmo tempo, disse Leonardo Pinheiro, a Cagece realiza caça aos vazamentos da rede de distribuição, evitando desperdícios.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) considerou que o Ceará tem as contas públicas mais transparentes do País, “quando se vê o caos na Controladoria da União”. Ele observou que, enquanto o Estado é pioneiro em muitas ações de combate à seca, como adutoras de engate rápido, a transposição, de responsabilidade do Governo Federal, está parada.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) disse que vários poços profundos foram cavados, porém a Enel não está dando acesso de energia elétrica, impedindo a extração da água. Danniel Oliveira (PMDB) observou que estão sendo liberados, pelo Ministério da Integração Nacional, R$ 63,2 milhões para abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e mais R$ 100 milhões para compra de perfuratrizes e construção de pequenos açudes, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
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