De acordo com Delegado Cavalcante, durante o encontro foi identificada a impossibilidade de as assembleias legislativas tomarem a iniciativa de produzir legislações mais eficientes, que possam fazer frente à escalada da violência registrada em praticamente todos os estados brasileiros. O deputado avaliou ainda que o Congresso Nacional possui muitas atribuições e não vem priorizando as questões de segurança pública. Por isso, seria necessário, na sua concepção, oferecer maior autonomia para os legislativos estaduais.
Outra questão apontada foi a falta de integração entre as polícias estaduais, e as polícias federal e rodoviária. Ele observou que até o crime está organizado além das divisas estaduais, por isso o combate ao crime também precisa ser mais bem coordenado de forma a fazer frente à evolução da criminalidade.
Também foi abordado, durante o encontro de Belo Horizonte, o crescente tráfico de crack nas principais cidades do Brasil, o que tem causado o aumento dos assassinatos e toda sorte de crimes, visando financiar o consumo da droga. Segundo o deputado, existem cidades em que os traficantes proíbem a comercialização de crack, para impedir a desorganização do tráfico. “Se até os criminosos temem a presença desta droga, as famílias sofrem muito mais”, frisou.
Delegado Cavalcante observou que a única Comissão de Defesa Social existente nos legislativos estaduais é a da Assembleia do Ceará. Portanto, ele vai propor a modificação do nome para Comissão de Segurança Pública, para que o legislativo local fique mais bem sintonizado com as demais assembleias e também com o Congresso Nacional.
De acordo com Cavalcante, também participou do evento o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal.
JS/CG