“O Centro de Formação Olímpica, que custou, no governo Cid Gomes, R$ 207 milhões, não está servindo para nada. No aquário foram enterrados R$ 144 milhões. Os tatutozões adquiridos para construir a linha leste do metrô, que custaram R$ 137 milhões, continuam encaixotados, sem cavar um metro de buraco, citou”.
Além desses investimentos, Heitor Férrer disse que o Estado está pagando R$ 130 mil de energia elétrica para o Centro de Formação Olímpica, mesmo sem funcionar. “O editorial do jornal O Povo disse que esse é um exemplo do que não deve ser feito. Foi tirado dinheiro do pobre bolso dos cearenses e, mesmo assim, não se formou um único atleta.
O deputado considerou que, se os investimentos tivessem produzido frutos, poderia até ser aceitável o que foi gasto. Porém, “estamos assistindo ao enterro de recursos, e três hospitais fechando as portas, porque não há dinheiro para custeio, o hospital de Aracati, o hospital de Barbalha e o Instituto do Câncer".
Para Heitor Férrer, o fechamento de unidades hospitalares significa a decretação de morte dos pacientes que buscam tratamento e não encontram. ”É inaceitável que o Estado não socorra esses municípios. O paciente que está morrendo é o mesmo cidadão que paga os impostos e tem o direito à saúde”, observou.
De acordo com o parlamentar, o Ceará viveu o exemplo do Egito antigo, só que não guardou nada do tempo das vacas gordas, para quando viessem as vacas magras. “Era preciso que se economizasse o dinheiro gasto em obras faraônicas para salvar a vida de pessoas. O Governo nega recursos para a saúde e esbanja em equipamentos supérfluos, quadras esportivas climatizadas, e o povo morrendo nas filas dos hospitais”, afirmou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que, em Barbalha, há débito da União de R$ 1,5 milhão, por conta de atraso dos repasses. Ele declarou ainda que o Ceará é o 22º estado do Brasil que menos recebe repasses per capita para procedimentos médicos de alta e média complexidade. “Recebemos 15%, em média, do que recebe Pernambuco”, acrescentou.
O deputado Leonardo Araújo (PMDB) disse que há obras faraônicas no Ceará a serviço do nada. “O desenvolvimento precisa ser atrelado às necessidades básicas da população carente”, assinalou.
O deputado Odilon Aguiar (PMB) afirmou que as máquinas perfuratrizes compradas pelo Governo do Estado estão todas paradas. O deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que o ex-governador Cid Gomes geriu o Estado como se fosse um verdadeiro faraó.
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