Capitão Wagner (PR) aguarda um posicionamento do PSB e do PRB em favor de sua candidatura. Há informações de conversas dele com representantes dos dois partidos, que também trataram com o governador Camilo Santana e com o candidato Roberto Cláudio. O deputado Ronaldo Martins, que disputou a Prefeitura pelo PRB, e o deputado Danilo Forte, presidente estadual do PSB, até o fim da semana podem anunciar suas posições.   >Tin Gomes e PMN oficializam apoio a Roberto Cláudio   Enquanto isso, integrantes do PT adiaram para a próxima sexta-feira o encontro que estava marcado para ontem à tarde, quando tratariam da posição do partido neste segundo turno da disputa municipal. O vereador Acrísio Sena (PT), porém, resolveu se antecipar para dizer que vota em Roberto Cláudio.   No pronunciamento, o vereador defendeu que o PT precisa se colocar neste segundo momento avaliando o processo eleitoral de 2018. Ele alegou, também, que a candidatura do prefeito à reeleição tem mais identidade com o PT do que a de Wagner (PR), ligado nacionalmente ao "golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).   Sena defendeu que os militantes "avermelhem" a cidade e que o partido leve o seu programa e os movimentos sociais a favor da reeleição do prefeito, como fez para apoiar o ex-governador Cid Gomes, em 2006. "É bem verdade que temos uma candidatura que representa o conservadorismo, as forças mais atrasadas em Fortaleza, que estão alinhadas em torno do Capitão Wagner".   Retrocesso   De acordo com Acrísio Sena, o PT deve participar da campanha do pedetista de forma autônoma, programática e vermelha. "Que a gente possa sentar e discutir. O que está em jogo é a possibilidade do retrocesso, a reedição de um programa neoliberal em torno do PR, PMDB e PSDB. O partido tem que ir de forma militante para dentro da campanha do atual prefeito", reforçou o vereador.   Como havia declarado ao Diário do Nordeste na última terça-feira, Guilherme Sampaio, também reeleito, reforçou que, neste segundo turno, o PT tem a responsabilidade de se posicionar para orientar militantes, filiados e eleitores, já que alcançou 15% dos votos no primeiro turno. "Essa decisão será feita em um processo de discussão desde o ultimo domingo", afirmou.   Guilherme analisou, ainda, que nenhum dos candidatos expressam o programa e a direção política do PT, contudo o partido não pode se omitir do debate do que representam as duas candidaturas, inclusive nacionalmente com o apoio dado ao "golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por parte dos partidos da chapa do candidato Capitão Wagner.   Em seu pronunciamento, Deodato Ramalho optou por não se manifestar sobre o processo de discussão no partido no segundo turno. Deodato destacou o desempenho do PT nas urnas mesmo, segundo ele, diante das adversidades da campanha, inclusive no aspecto de não ter conseguido formar aliança.   Ronivaldo Maia, não reeleito, também preferiu não comentar sobre a posição do PT, no segundo turno, que será definida no encontro de amanhã, destacando apenas o desempenho de Luizianne Lins nas urnas. Segundo salientou, Luizianne obteve a terceira maior votação dentro do PT no Brasil.