Apontando uma renovação de 60% na composição da Câmara Municipal de Fortaleza a partir de 2017, o resultado eleitoral também mostra uma redução e a alteração na representação da bancada feminina na próxima Legislatura. Até o próximo mês de dezembro, a Casa Legislativa conta com oito vereadoras, mas, a partir do próximo ano, apenas seis representarão a cidade.   Ontem, um dia após a eleição, a Câmara Municipal não funcionou, tendo seus portões fechados por todo o dia. Segundo guardas municipais que trabalham no local, o aviso da ausência de atividades na Casa foi feito por volta das 7h pela diretoria, após os guardas estranharem a falta de movimento.   Das seis candidatas eleitas neste pleito, apenas duas já eram parlamentares e farão o segundo mandato na Casa Legislativa. São elas: Cláudia Gomes e Lucimar Martins, a Bá, ambas do PTC. A primeira tirou 7.307 votos e a segunda, 7.337.   Cláudia disputou uma vaga na Câmara pela primeira vez em 2012, com o apoio do marido, o ex-vereador Marcílio Gomes. Na época, ela alcançou 7.464 votos. Bá, líder comunitária, também foi eleita pela primeira vez em 2012, após a quarta tentativa, com mais de 5 mil votos.   Das três veteranas que tentaram reeleição, apenas Magaly Marques (PMDB) não obteve êxito, ficando na primeira suplência do partido. Ela teve 5.278 votos. Magaly foi eleita vereadora da Capital pela primeira vez em 1992. Em 2004, ficou na primeira suplência do partido. O número de votos dela caiu consideravelmente em comparação aos atingidos desde que se elegeu pela primeira vez. Em 2012, Magaly teve 10.407 sufrágios.   As outras quatro vereadoras eleitas no pleito municipal de 2012, Tamara Holanda, antes PSDC e hoje PMDB; Toinha Rocha, eleita pelo PSOL e hoje sem partido; Germana Soares, eleita pelo PHS e agora PDT; e Leda Moreira, antes PSL e hoje PDT, não tentaram reeleição este ano.   Homens   No entanto, não foi só a bancada feminina que perdeu veteranos na Câmara Municipal. Vereadores com mais de cinco mandatos ficaram de fora, caso de Carlos Mesquita, ex-PMDB e hoje PROS. Ele tirou 11.570 votos, mesmo número alcançado em 2012, quando foi eleito pelo PMDB, sigla da qual foi expulso no ano de 2014 por acusação de infidelidade partidária.   Com quatro mandatos, Gelson Ferraz (PRB) também não conseguiu retornar à Câmara no próximo ano. Ele tirou 8.462 votos, sendo o 44º candidato. Outros vereadores de dois mandatos também não foram reeleitos, como Carlos Dutra (PDT), que teve 7.978 sufrágios; Joaquim Rocha (PDT), com 7.417 votos; Alípio Rodrigues (PTN), que teve 5.571; e Ronivaldo Maia (PT), que somou 4.685 votos.   Novatas eleitas   Entre as novas vereadoras a partir de 2017, está Marta Gonçalves, do PEN, que tirou 6.685 sufrágios. Ela é esposa do prefeito eleito de Eusébio, Acilon Gonçalves, e mãe do deputado estadual Bruno Gonçalves. À Justiça Eleitoral, Marta apontou ter 60 anos e ser aposentada.   Evangélica, contra o aborto e em defesa dos animais, Priscila Costa, de 32 anos, foi eleita pelo PRTB com 5.491 votos. Com ensino superior completo, ela não declarou sua ocupação à Justiça Eleitoral. A agente sanitarista Marilia do Posto, de 52 anos, foi eleita com 4.639 votos pelo PRP. Larissa Gaspar, do PPL, tem 33 anos e é servidora pública municipal. Destacando o empoderamento da mulher e políticas para a juventude, ela foi eleita com 4.445 votos.   Em 2012, sete mulheres foram eleitas vereadoras, contudo, a saída de Capitão Wagner (PR) para assumir vaga na Assembleia Legislativa possibilitou a entrada de Ruthmar Xavier (PR), que não foi eleita este ano.