Além da crise hídrica, o parlamentar citou a saúde, considerada outra questão grave do Estado. A situação, segundo ele, poderá se agravar, sobretudo porque os recursos só estarão garantidos até setembro, já que o Governo Federal vai aguardar a definição do impeachment para definir os repasses. De acordo com Carlos Felipe, a falta de recursos vai comprometer projetos como o da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que visa, entre outras coisas, implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada à gravidez.
Segundo o parlamentar, estados e municípios vêm investindo muito além da previsão constitucional “e a União continua esmagando o orçamento para a saúde”. “A questão da saúde é gravíssima”, ressaltou, lembrando que no Estado a expansão da estrutura na área gerou aumento de custos.
Carlos Felipe também cobrou a abertura do diálogo por parte do Estado, para atender as reivindicações de algumas categorias, citando a falta de reajuste dos professores da rede pública estadual e também dos defensores públicos.
O deputado chamou atenção ainda para o processo eleitoral, afirmando que o período é uma oportunidade de eleger políticos que têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população dos municípios. Carlos Felipe ressaltou que, durante o período eleitoral, o poder econômico pesa bastante e aconselhou a população, especialmente aos jovens e universitários, a votarem com consciência. “É uma forma de melhorar seus municípios. Voto não tem preço, tem consequência”, acrescentou.
Carlos Felipe considerou a reforma eleitoral uma vitória, embota feita de forma muito tímida. Entre os pontos considerados louváveis, mencionou o fim do financiamento privado de campanha e o da reeleição. No entanto, cobrou que é preciso criar mecanismos para que o voto consciente seja determinante para mudar os municípios.
O parlamentar parabenizou a Assistência Social do município de Crateús que, pela terceira vez, foi premiada com o projeto Declare seu Amor, que tira crianças das ruas. “Para nós é um grande orgulho saber que não temos criança de rua em Crateús”, disse.
LS/AT