Segundo o parlamentar, em vez de nomear toda a primeira turma aprovada no concurso da Polícia Civil que concluiu o curso de formação, o governador anunciou que o processo será de forma fracionada, nos meses de agosto e janeiro. “Reclamo em nome dos aprovados no último concurso da Policia Civil, pois eles temem que mais na frente o governador não realize as nomeações alegando falta de recursos”, observou.
Capitão Wagner afirmou ainda que há 40 anos o Ceará tinha 4.500 policiais civis, mas hoje conta apenas com 2.200, o que impede um combate maior ao crime organizado. Ele apontou também carências na Polícia Militar, relatando que estariam fazendo um rodízio de coletes à prova de bala, por não ter em quantidade suficiente. Também falta armamento e manutenção adequada.
“Estamos vivendo um momento caótico e não temos nenhuma reação da Secretaria de Segurança Pública. Precisamos reestruturar nossa Policia Judiciária. Se a Policia Federal é respeitada, é porque é estruturada. É justo elogiar o trabalho do PT nesse sentido, pois foi quem reestruturou a corporação e pagou salários dignos”. declarou.
Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PMDB) reforçou o pronunciamento do Capitão Wagner sobre o assunto e disse que o Governo não estaria levando a situação a sério. “Há dois meses, cinco bandidos fizeram a minha família de refém em casa. Fui à delegacia e até material falta para o cidadão fazer um Boletim de Ocorrência. Levamos imagens de câmera dos bandidos e até hoje não sabem quem foi que entrou em minha casa. Então, o que vemos são investimentos altos sem resultado”, salientou.
Para o deputado Leonardo Pinheiro (PP), as críticas e cobranças do deputado são justas, mas o governador está comprometido de até novembro nomear todos os policiais concursados. O que não pode é nomear de forma irresponsável e, no futuro, faltar recursos para o pagamento da categoria. Já o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que o Governo e os parlamentares da base aliada se negam a enxergar a realidade da segurança pública do Ceará.
LA/AT