Agenor Neto destacou a contradição entre o secretário da Fazenda do Ceará e o Banco Central do Brasil em relação às contas do Estado. Segundo o parlamentar, o secretário afirma que o Ceará está em total equilíbrio, enquanto o Banco Central coloca o contrário. “O Banco Central diz que, nos últimos 12 meses, gastou-se muito mais do que se arrecadou no Ceará. Já o secretário veio aqui e disse que está tudo bem”, ressaltou.
O peemedebista questionou ainda a falta de diálogo do governador Camilo Santana com os funcionários da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e os agentes penitenciários, salientando que não há dinheiro para garantir os direitos desses trabalhadores, mas existe para convênios com a prefeitura de Fortaleza.
Outro tema apontado pelo parlamentar foi a postura dos deputados de situação contra emendas referentes a matérias de saúde votadas em Plenário. Ele também questionou os motivos para evitar requerimento, de sua autoria, solicitando a presença do secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho, no Plenário, para prestar esclarecimentos sobre a falta de renovação da assinatura de convênio para as obras do Centro de Eventos de Iguatu.
“Não há motivo técnico ou jurídico que impeça a vinda do secretário a esta Casa", acrescentou Agenor Neto. O parlamentar considerou ainda que há perseguição do Governo do Estado a um equipamento que traria desenvolvimento para uma região..
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) indagou aos deputados de situação qual o temor de trazer o secretário Arialdo Pinho à Assembleia. “Ou ele fez muita coisa errada ou tem medo de vir aqui. Isso é constrangedor”, salientou. Já o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse estranhar, porque todos os outros secretários comparecem à Casa e só o de Turismo não vem.
O deputado Carlos Matos (PSDB) lembrou que a crise no sistema penitenciário foi prevista e anunciada, portanto, o Estado deveria ter se preparado. “Temos o sistema superlotado, com duas vezes o número de presos permitido, para o de agentes abaixo do mínimo necessário. Há um ano esta Casa recomendava chamar a Força Nacional. Espero que o secretário de Segurança não venha aqui dizer que alcançou uma meta de 5% na redução da violência ou cortou o sinal dos presídios, porque é mentira”, assinalou.
Para o deputado Roberto Mesquita (PSD), o Governo foge da verdade, porque a economia do Estado está à deriva. “Ao invés de investimentos com responsabilidades, fizeram gastos supérfluos e desnecessários. Agora, querem recursos para construir mais hospitais, quando sequer conseguem pôr em funcionamento os que já estão construídos”, condenou.
LA/AT