Segundo a parlamentar, “a expectativa é de que o Senado possa agir com respeito à Constituição e freie essa tentativa de golpe”. Ainda de acordo com a deputada, “a luta contra o golpe não acabou no domingo, e as manifestações populares vão se fortalecer muito mais nos próximos dias, em defesa da democracia”.
Rachel Marques criticou as justificativas de votos dos deputados federais que se posicionaram favoráveis ao impeachment, destacando que nenhum fez referência ao suposto crime de que a presidente estaria sendo acusada, e repudiou ainda a exaltação do deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ) a um torturador.
“Repudio essa declaração violenta do Jair Bolsonaro, dedicando o seu voto ao único militar brasileiro declarado oficialmente como torturador, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Tortura no Brasil é crime, e homenagear um torturador é apologia ao crime, portanto, acredito que o deputado deva sofrer as medidas legais e cabíveis do seu irresponsável ato”, salientou a petista.
A parlamentar leu ainda da tribuna notas de entidades do movimento sindical e social condenando a aprovação do impeachment pela Câmara Federal e anunciando manifestações para tentar barrar a iniciativa.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) comentou que a estratégia governista de taxar o processo de impeachment como golpe não se sustenta.
“O próprio Supremo Tribunal Federal (STF), quando provocado pelo PT, normatizou todo o processo, dando aval para o seu prosseguimento. Portanto, falar em golpe é um absurdo, pois desvirtua todo o processo que existe”, ressaltou o democrata.
Também em aparte, os deputados Dr. Santana (PT) e Elmano Freitas (PT) endossaram o entendimento de que existe sim um golpe em andamento no País, e de que a decisão da Câmara Federal de aprovar a a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi contaminada pelo histórico de crimes envolvendo boa parte dos parlamentares que defenderam o impedimento.
RG/CG