O parlamentar criticou declarações de que o PMDB seria um traidor e um oportunista e enfatizou que essas afirmações demonstram o desespero do governo e de seus apoiadores, que teriam atacado o partido aliado antes mesmo de perder seu apoio.
Para Audic Mota, o Governo Federal demonstra falta de controle e incompetência administrativa. Ele citou como exemplo episódios como o do envio de circulares por um funcionário do Itamaraty falando sobre um suposto golpe em andamento no País, as críticas de aliados do governo sobre o que eles chamam de lentidão do Planalto em negociar cargos e criticou a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o Supremo Tribunal Federal estava “acovardado”.
Ao comentar ainda sobre os pedidos para que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) renuncie ao cargo, ele defendeu que “quem tem que renunciar é a presidente Dilma, porque ninguém acredita mais nesse governo”, enfatizou.
O parlamentar acredita que não há como defender o governo petista e citou a desfiliação do senador Walter Pinheiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Audic Mota defendeu que os políticos envolvidos em casos de corrupção sejam punidos, independente do partido.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) ressaltou que o rompimento do PMDB do Ceará já havia sido declarado há mais tempo e que não se pode dizer que houve oportunismo por parte do PMDB. Para ela, o impeachment não pode ser considerado um golpe, e sim uma arma da democracia. Ela afirmou que o PMDB tem papel fundamental neste momento histórico do País e disse acreditar que Michel Temer pode dar estabilidade para o Brasil voltar a crescer.
O deputado Ely Aguiar (PSDC), também em aparte, defendeu a cassação da chapa eleita para a presidência encabeçada por Dilma Rousseff e Michel Temer. Para ele, “o PMDB está se aproveitando da situação”. O parlamentar afirmou ainda que o Brasil vive um momento de turbulência e que o PMDB tem parcela de culpa, porque foi o maior contemplado por cargos em ministérios, além de também ter sofrido diversas denúncias de corrupção.
JM/CG