De acordo com a coluna, Adail Carneiro se licenciou para assumir a Regional I da Prefeitura de Fortaleza. Depois, o prefeito Roberto Cláudio chegou a enviar uma mensagem à Câmara Municipal criando a Secretaria de Articulação Institucional para acomodar o parlamentar. Este rejeitou os cargos devido a sua ligação com a empresa Movement, uma das maiores locatárias de veículos para a Prefeitura.
Para Capitão Wagner, a articulação é “incoerente e antiética”. Ele explicou que o Governo do Estado irá demitir 1.200 vigilantes de escolas estaduais na próxima semana, sob o argumento da “contenção de gastos”.
“Ora, se o Estado está contendo gastos, então por que criar cargos para abrigar Adail Carneiro? E por que oferecer uma posição na gestão se não for visando às próximas eleições, já que Adail possui contratos com a Prefeitura? Pra que esse tipo de aliança se os trabalhadores estão sendo prejudicados na outra ponta?”, questionou.
Em aparte, o deputado José Sarto (Pros) ressaltou que esse tipo de articulação é comum, e não apenas nas eleições. Disse também que muitos partidos fazem isso, inclusive o PR e o PP. Ele lembrou que os contratos da Movement remontam à gestão de Juraci Magalhães e sugeriu que se investigue caso haja suspeita de algum equívoco referente a essas contas.
Já o deputado Zé Ailton Brasil (PP) informou que o PP faz parte da base aliada de Roberto Cláudio, “e, se houver algum tipo de articulação visando às eleições, o partido já é parte disso”.
PE/CG