Segundo Leonardo Pinheiro, a novidade não causará tanto impacto no tocante ao custeio, pois o IJF original atende além de sua capacidade. “É só uma questão de adequação. Vai aumentar o custo do IJF, mas numa proporção menor se compararmos à construção de um novo hospital no interior do Estado”, observou.
Com a nova sede, a quantidade de leitos do IJF será ampliada em 50%. Leonardo Pinheiro explicou que serão 30 novos leitos de UTI, nove centros cirúrgicos, além de um centro de hemodinâmica e de ressonância magnética. “Com certeza a medida causará um impacto positivo nos atendimentos de emergência”, disse.
Leonardo Pinheiro comentou ainda sobre os problemas que a saúde do Ceará enfrenta. Segundo ele, o grande problema para oferecer uma saúde de qualidade é a questão do repasse de recursos, principalmente do Governo Federal. Ele lembrou que, há cerca de oito anos, governos Federal e Estadual investiam o mesmo valor, por volta de R$ 300 milhões, na saúde do Estado. “Agora, com a inflação, o investimento federal permanece na faixa dos R$ 400 milhões, enquanto o Estado aplica cerca de R$ 1 bilhão só em custeio”, argumentou.
Conforme informou, o governador Camilo Santana está trabalhando no sentido de revisar e atualizar as portarias do Ministério Público, que estabelecem os investimentos dos governos em saúde.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) ressaltou a necessidade de um financiamento próprio para a saúde pública, nos moldes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Já o deputado Dr. Santana (PT) entende que os municípios devem ser responsáveis pela maior parte dos gastos dos hospitais. “Os ricos, que estão ganhando com a crise, é que devem gastar para manter nosso sistema de saúde”, defendeu.
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