O parlamentar ressaltou que o tema é muito complicado e merece ser mais debatido. Disse também que não cabe às escolas ensinar às crianças sobre diversidade.
Walter Cavalcante explicou que vereadores estão estudando meios de não incluir a questão da diversidade sexual nos planos de educação, mas ponderou que “não é homofóbico”. Sua filosofia, conforme observou, é baseada no primeiro mandamento cristão: “amai-vos uns aos outros”.
O deputado pediu ainda que a Prefeitura de Fortaleza se posicione em relação ao sino da igreja de Fátima, que foi interditado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente. De acordo com Walter Cavalcante, o sino é um símbolo do catolicismo cearense, e não pode ficar sem funcionamento.
O peemedebista pediu que a secretaria aja na legalidade, mas respeitando a liberdade religiosa. “A perseguição religiosa aqui é muito grande”, frisou.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) concordou com Walter Cavalcante sobre a não inclusão do tema “diversidade sexual” nos currículos escolares. Ele também afirmou ser a favor da diversidade, mas disse que estão politizando a questão e gerando polêmica. “Tudo que devia ser dito sobre o tema em nível mundial já foi dito. O que vejo agora é uma tentativa de politizar a questão por certos partidos”, disse.
Já os deputados Danniel Oliveira (PMDB), Dra. Silvana (PMDB) e Bethrose (PRP) também criticaram a interdição do sino da igreja. Para Danniel Oliveira, a Prefeitura de Fortaleza está se transformando em uma “máquina arrecadatória”. Ele informou que o número de multas de trânsito liberadas pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) subiu 400% no Ceará e sugeriu que a interdição do sino seja uma consequência disso.
A deputada Dra. Silvana lembrou que as igrejas evangélicas sofrem o mesmo tipo de perseguição e que a liberdade religiosa e ao culto é garantida pela Constituição. Já Bethrose qualificou a situação como “absurda e inconcebível”.
PE/AT