Para o parlamentar, isso é uma indicação que “a máquina pública quebrou”. Ele salientou que “é até razoável que o Governo tire de suas costas e passe para a iniciativa privada bens onerosos”, mas pediu que o processo seja realizadocom calma.
De acordo com Heitor Férrer, não se pode dar equipamentos, que custaram bilhões de reais, “de mãos beijadas”. “Se não tem dinheiro para custear o funcionamento, é razoável que haja uma parceria público privada, de forma que o Estado não fique apenas com o ônus do investimento”, sugeriu. Ele também defendeu que o Estado seja “ressarcido” pelos investimentos feitos, já que as empresas privadas vão ter lucros com as concessões.
Heitor Férrer voltou a criticar a construção do Acquario Ceará. “Porém, não é possível imaginar a construção de um aquário em um momento de dificuldade financeira, com o Ceará continuando a enterrar dinheiro público em uma obra desnecessária e megalomaníaca”, disse.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que, na experiência que teve como gestor público, reavaliou as posições sobre privatizações e concessões. “Algumas ações não devem ser do Executivo. O hospital São Camilo, em Crateús, hoje é gerido pela iniciativa privada e a responsabilidade do município ficou com a atenção primária”, citou.
O comunista defendeu que os recursos obtidos por meio de pedágios das rodovias devem ser utilizados no financiamento do bilhete único e carteiras de habilitação populares.
Já o deputado Dr. Santana (PT) disse que o Estado tem de assegurar serviços de qualidade aos setores mais carentes da população, garantindo as fontes de recursos para o custeio. As concessões, na opinião dele, poderia ser uma dessas fontes.
O deputado Joaquim Noronha (PP) avaliou que as parcerias público-privadas (PPP) são eficientes. “Tenho visto casos de sucesso, como os aeroportos de Guarulhos e Brasília”, afirmou. Ele defendeu uma parceria com o setor privado para o Acquario Ceará.
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