De acordo com o parlamentar, hoje, cerca de 50% de ações de média e grande complexidade na saúde são desenvolvidas por hospitais filantrópicos, que trabalham recebendo recursos do Governo que só cobrem 65% dos custos. O restante, segundo ele, é arrecadado por meio de doações, o que, ao longo dos anos, vem causando o aumento do endividamento dessas instituições.
“É importante dizer que o Governo Federal vem tentando compensar esse déficit, mas, ainda assim, o endividamento é alto. Isso fez com que essas entidades venham fechando. As santas casas fecharam 32 das suas sedes no Brasil”, acrescentou Carlos Felipe.
O deputado informou que, após a realização de uma solenidade em homenagem à Santa Casa de Misericórdia do Ceará, foi marcada uma audiência pública para pensar formas de colaborar com essas entidades. “Marcamos essa audiência para o dia 8 de junho e convido os deputados que representem municípios com hospitais filantrópicos para discutir ações que possam colaborar para que essas entidades continuem prestando seu papel à sociedade”, pontuou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) parabenizou o empenho do colega. “Não adianta reclamar do que falta e não tomarmos uma atitude. A Santa Casa colocou esse voluntariado em nossos corações e vamos conseguir ajudá-la e a outras entidades”, disse a parlamentar.
Já o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) pediu aparte para comentar o pronunciamento do deputado Carlos Matos (PSDB) sobre as contas do Governo do Estado. “O relatório da conselheira Soraya deu como estado deficitário R$ 1,512 milhão, porém seu texto se baseia em lei de 1964 da contabilidade pública, e, nessa época, os estados eram extremamente endividados. A lei não previa poupança, coisa que o estado do Ceará vem fazendo nos últimos anos. Então o relatório viu como se essa poupança fosse déficit. O Governo gastou o que poupou”, explicou Leonardo Pinheiro.
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