“Esse primeiro minuto de vida é considerado o minuto de ouro, e o Conitec diz que não há necessidade da presença do pediatra? Essa é uma questão de desrespeito com a sociedade feminina”, avaliou Heitor. Para ele, a medida aumentaria o risco de óbito dos recém-nascidos em virtude de complicações do parto.
Heitor Férrer lembrou que, antigamente, o parto era feito apenas por um clínico geral. Hoje, conta com a presença de obstetra, pediatra, anestesista, além de toda uma equipe preparada para garantir um procedimento seguro. “Hoje temos a assistência não só do obstetra, mas do pediatra neonatologista, que é quem socorre a criança em um momento de infortúnio”, explicou.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) considerou a medida como um retrocesso na saúde pública brasileira. Segundo ele, problemas não detectados no parto podem ter repercussões durante toda a vida.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) avaliou a medida como abusiva. “Se as mulheres já não têm direito nem a um pré-natal de qualidade, como podem julgar que, na hora do parto, dará tudo certo?”, questionou.
Já o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que essa seria uma decisão absurda, pois retira a exigência da presença de um profissional que pode salvar a vida das crianças no parto. “Estão penalizando as mães de todo o País”, criticou.
LA/GS