Ele citou a falta de correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando que o último reajuste ocorreu há 16 anos. Sem condições de garantir o atendimento, os hospitais da rede privada tiveram que fechar leitos, aumentando a demanda sobre a rede pública, ressaltou ele.
O deputado contestou críticas à atuação do Governo Cid Gomes na área da saúde e lembrou que, antes da sua gestão, todos os atendimentos eram direcionados para Fortaleza. “A implantação, no Interior, das unidades de pronto atendimento (UPAs) e das policlínicas pelo Governo Cid está permitindo que os pacientes resolvam muitos de seus problemas sem a necessidade de deslocamento para a Capital”, disse.
Leonardo Pinheiro destacou ainda que o Governo Federal tem implementado algumas ações na área de saúde no Ceará, como o Programa Saúde da Família (PSF), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os centros de atenção psicossocial (Caps), os centros de especialidades odontológicas (CEOs), que melhoram a saúde da população. "Há oito anos o que o pobre fazia era arrancar o dente. Hoje, nos CEOs, são colocados aparelhos, feitos canais e obturações", acentuou.
Sobre a mortalidade infantil no Ceará, o parlamentar informou que, em 2006, a taxa era de 18,2% por mil nascidos vivos. Hoje, em 2014, essa taxa é de 12,4%, uma redução significativa. Leonardo Pinheiro defendeu a necessidade do aumento dos recursos para a saúde, a fim de garantir o funcionamento de todos esses equipamentos que foram instalados.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que todos reconhecem que a saúde pública é um problema grave, mas lembrou que o Ceará investiu muito mais em saúde do que é previsto em lei. A solução para a crise hoje, disse, é aumentar os investimentos no custeio da saúde, promover ações de fiscalização junto a motociclistas que não usam capacete, ampliar a realização de cirurgias eletivas e melhorar o relacionamento entre os municípios e o Estado. Ele sugeriu ainda a aprovação de um projeto, de sua autoria, que determina que 50% das emendas parlamentares sejam destinadas à área da saúde.
O deputado Agenor neto (PMDB) propôs a criação de um pacto pela saúde, para evitar que pacientes continuem lotando os corredores dos hospitais. Já o deputado Júlio César Filho (PTN) questionou a forma utilizada por uma comissão de deputados, para tentar entrar no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) - pela emergência. Segundo ele, os parlamentares deveriam ter utilizado a recepção para realizar a visita.
O deputado Elmano Freitas (PT) disse que, no mundo, gastam-se 11,5% PIB com saúde. O Brasil gastava 4% do PIB e, no governo Lula, passou para 8,7%. Segundo ele, é preciso garantir os leitos do setor privado e aumentar os leitos dos hospitais públicos.
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