O parlamentar recordou a turbulência institucional que o País atravessava após a renúncia do então presidente Jânio Quadros e o olhar atento das forças armadas para a ligação entre o então vice-presidente João Goulart e o comunismo. “Acho oportuno lembrar a data histórica”, assinalou.
Fernando Hugo reforçou que não estava defendendo a volta de um regime antidemocrático, mas afirmou que, caso o comunismo tivesse se instalado no Brasil, a situação teria sido ainda pior do que durante a ditadura militar.
“Tivemos movimentos extremamente violentos como a Guerrilha do Araguaia. Aquelas pessoas não estavam ali para distribuir flores. Elas sequestravam e matavam exatamente como nas guerrilhas urbanas, tendo como exemplo a Revolução Cubana e a Chinesa. Se o regime comunista tivesse sido implantado aqui, a realidade seria bem pior”, declarou o deputado.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) reconheceu o registro da data como algo importante do ponto de vista histórico, mas disse que considera o fato como um golpe e não como uma revolução. “A posição do meu partido hoje é a mesma da imprensa e dos historiadores do nosso País, quando citam o acontecimento não como revolução e sim como golpe. O mundo hoje não aceita mais a ditadura”, avaliou.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) disse que decidiu falar da data apenas para registrar um acontecimento importante na história do Brasil, e não para celebrá-la. “Os comunistas falam da ditadura, mas não olham para Cuba. Vejam a quantidade de gente que já morreu lá”, apontou.
Já o deputado Welington Landim (Pros) disse que até entende a existência da intenção de evitar um golpe comunista por parte da igreja, famílias e líderes políticos, mas o que aconteceu foi a tomada da democracia.
LA/AT