A parlamentar comentou o depoimento da diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, há duas semanas, na Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que expôs informações e esclarecimentos sobre os motivos do cancelamento das duas refinarias. “A diretora relatou que a ANP não tinha nenhum contrato ou convênio assinado com o Governo do Ceará para a construção da refinaria no Estado, assim como aconteceu no Maranhão. Como pode a agência reguladora da estatal, responsável pelo aval para o início de qualquer obra do tipo no território brasileiro, não ter projeto de construção de nenhuma das refinarias?”, questionou Fernanda Pessoa.
Ainda segundo a deputada, o gerente executivo de programas de investimento de abastecimento da Petrobras, Wilson da Silva afirmou, em depoimento na mesma comissão, que não há por parte da estatal nenhum interesse, até 2030, de investir em refinarias, e que o motivo principal para os cancelamentos foram os baixos resultados econômicos dos empreendimentos, que não demonstraram atratividade. “Como ele pode dizer isso depois de mais de R$ 2 bilhões terem sido desembolsados para as obras nas duas refinarias? Portanto, tendo em vista o absurdo que foi gasto para o início das obras das duas refinarias, defendo o investimento na construção desses empreendimentos e a investigação dessa Comissão Externa”, salientou a republicana.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (SD) considerou que o projeto de instalação da refinaria no Ceará “foi um engodo do Governo Federal, que enganou o povo cearense”. O parlamentar defendeu uma Ação Civil Pública no Estado, assim como foi feita no Maranhão, para cobrar tudo o que foi investido na obra.
Também em aparte, os deputados Dra. Silvana (PMDB), Agenor Neto (PMDB) e Danniel Oliveira (PMDB), reforçaram as cobranças nas investigações sobre os gastos da refinaria, exigindo o retorno dos investimentos.
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