Para o parlamentar, existe um incômodo com a manifestação por parte de pessoas que “se viam como donos da rua, do cartaz e da reclamação”. O deputado fez críticas à resposta do Governo Federal às reivindicações das ruas e disse estar decepcionado, porque o governo anunciou um pacote de medidas após ser pressionado.
Audic Mota fez críticas a algumas ações do Governo Federal, como suspensão de convênio do Fies (Sistema de Financiamento Estudantil) com algumas universidades. Ele afirmou ainda que o programa Mais Médicos é uma “lambança”, pois as filas de espera por exames e cirurgias em hospitais como o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) ainda continuam.
Segundo o deputado, a proposta de reforma política do Governo Federal foca em financiamento público de campanha, e isso, de acordo com ele, não impede que haja desvios dos recursos.
O parlamentar ressaltou também os requerimentos feitos pela Casa com pedidos de informações sobre terceirizados do Estado e o convite ao ex-secretário de Turismo para que esclareça as denúncias relacionadas à construção do aquário.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) destacou que domingo foi um dia de manifestações de pessoas decepcionadas com a discussão no Congresso Nacional sobre alguns direitos trabalhistas. Na opinião do parlamentar, o Ceará vive um resquício de uma “ditadura civil”, com perseguição de pessoas que se manifestaram contra o governo em outros momentos.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) pediu a palavra para dizer que muitos dos manifestantes estavam cobrando que os financiamentos do Fies continuem nos mesmos moldes de seu início.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) também aparteou questionando por que o PT não está empenhado em propor a taxação de grandes fortunas ou dos bancos. O parlamentar destacou também que a Petrobras ainda não apresentou o balanço de suas contas, o que pode causar problemas, pois os credores têm o direito de cobrar as dívidas de imediato, caso a empresa não apresente os números.
O deputado Elmano Freitas (PT) pediu aparte para destacar que todo parlamentar tem liberdade de se manifestar, mas enfatizou que o PMDB é aliado importante e que precisa estar de braços dados com o PT. O petista esclareceu que houve a necessidade de mudar alguns termos do Fies, porque parte da administração do financiamento era feita pelas universidades, e esse modelo estava apresentando problemas. Ele defendeu ainda o programa Mais Médicos e ressaltou a presença dos profissionais estrangeiros em cidades do Interior, onde os médicos brasileiros não têm interesse de trabalhar.
JM/JU